domingo, 29 de abril de 2012

UMA CARTA PARA O MARANHÃO: REVISTA CARTA CAPITAL MOSTRA TUDO A SANGUE FRIO


Carta Capital: A sangue frio


O ar-condicionado do plenário Nagib Haickel não arrefecia a tensão entre os deputados maranhenses reunidos na sessão de quarta-feira 25. Dedos em riste, levavam para a sala climatizada a temperatura de uma manhã quente e abafada, típica do outono em São Luis. 

 O motivo era a votação de um projeto para batizar uma avenida da cidade com o nome de Jackson Lago, o ex-governador morto no ano passado e que durante anos combateu a família Sarney – um projeto que em qualquer outra parte do mundo seria tema para vereadores, e não deputados.







O blog do jornalista Décio Sá, morto na segunda-feira 23

A aprovação da homenagem seria uma afronta ao padroeiro, representado ali pela base aliada da filha, a governadora Roseana (PMDB), e pelas palavras de sua lavra cravadas na parede frontal do plenário: “Não há democracia sem Parlamento livre – José Sarney”.

Não parecia o mesmo plenário que, um dia antes, levou praticamente toda a Assembleia Legislativa do Maranhão a vociferar contra o ato de barbárie cometido contra Décio Sá, o blogueiro mais conhecido do Maranhão – e, até a noite de segunda-feira 23, um jornalista praticamente intocável.

O crime acontece exatos 15 anos após a morte de um delegado, Stênio Mendonça, que chocou a população maranhense e deu início à CPI do Crime Organizado – e anos depois resultou em prisões e na cassação de deputados maranhenses. Pura ironia: foi durante a cobertura da CPI que Décio e outros jornalistas da mesma geração, formados na metade dos anos 1990 na Universidade Federal do Maranhão, consolidaram o nome da mídia local.

A indignação dos deputados deu espaço, no dia seguinte, à acalorada discussão sobre o nome da avenida. Aquela bolha de ar climatizado a tapear a alta temperatura afora era só o primeiro sinal do descompasso entre a realidade e a política da região.

Uma volta de dez minutos por São Luis é suficiente para perceber que havia assuntos mais urgentes a serem discutidas no plenário: da saída do aeroporto até a avenida Litorânea, onde o jornalista foi alvejado, o índice de desenvolvimento humano oscila como se o veículo circulasse entre o Sudão e a Suécia em poucos minutos.

Fora do belo prédio espelhado da Assembleia, a preocupação não era com os nomes a serem colocados na avenida: era a ação de grupos de extermínio a um estado já assolado pela miséria e insegurança.
O estado emprega um policial para cada grupo de 800 habitantes (a média brasileira é de um para 300). 

No campo, onde a atuação policial é ainda mais limitada, a situação chega a ser assustadora: nas contas da Comissão Pastoral da Terra, nada menos do que 85 pessoas estão hoje ameaçadas de morte em razão de conflitos agrários em 29 municípios. No estado, 121 pessoas foram assassinadas desde 1985. Até hoje, apenas dois casos foram julgados, e nenhum dos mandantes está preso.

Crimes por encomenda. O caso de Décio se somou a uma série de assassinatos ocorridos desde outubro do ano passado. Naquele mês, um empresário foi morto por reagir a uma tentativa de grilagem de um terreno de sua propriedade numa das áreas mais valorizadas de São Luis. Com um tiro na nuca, foi encontrado enterrado numa cova rasa aberta em seu próprio terreno.

Pouco depois, dois irmãos, empresários de um grupo petroquímico, foram mortos por um motoqueiro que fugiu. Cerca de 15 dias atrás, um suposto traficante conhecido como Rato 8 (em referência aos oito assassinados dos quais era suspeito) morreu numa emboscada montada por homens armados dentro de um carro a cortar a mesma avenida onde Décio seria alvejado.

Outro crime da série foi registrado no município de Buriticupu, onde o líder rural Raimundo Borges foi morto com cinco tiros disparados por um motoqueiro. Em nenhum caso os mandantes ou executores foram presos, embora a polícia garanta que as investigações estejam avançando.

“Isso virou uma prática comum. Agora todos se deram conta da situação porque aconteceu com o Décio, uma pessoa conhecida da cidade”, afirma Diogo Cabral, advogado da CPT e secretário da Comissão de Direitos Humanos da seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil.

Dessa vez os tiros acertaram um aliado do grupo que se reveza no poder do estado há pelo menos 40 anos. Décio Sá era notadamente um jornalista alinhado com a família Sarney – à boca pequena, colegas contam que ele era o único jornalista do estado a ter acesso à área VIP de Roseana Sarney na Sapucaí durante o desfile em homenagem a São Luis feito pela escola samba Beija-Flor.

Ex-correspondente da Folha de S.Paulo e depois colunista de O Estado do Maranhão, o diário da família Sarney, Décio colecionava inimigos devido à exposição de uma certa incontinência verbal em seu blog, um dos primeiros do estado. Por causa dele, transformou-se em persona non grata em muitos círculos – que, no Maranhão, se agrupam de forma bem delineada entre os amigos e inimigos dos Sarney.

No ano passado, não ousava aparecer na Assembleia Legislativa, onde policiais em greve acampavam como protesto. De sua trincheira, Décio emendava petardos em direção aos grevistas, que podiam ver o diabo na frente, mas não o blogueiro. Da mesma forma, evitou acompanhar o resultado da eleição para governador em 2006, quando Jackson Lago foi eleito. Do lado de fora do Tribunal Regional Eleitoral, cabos eleitorais prometiam uma surra no blogueiro caso aparecesse.

O jornalista Wilson Lima, repórter do portal iG e ex-correspondente de diversos veículos no Maranhão, conta que Décio era personagem até de charges publicadas nos jornais locais. Tudo por conta de seu perfil perfil “folclórico”. Numa delas, era retratado como um “homem-bomba” – um de seus bordões, ao fechar uma apuração, era que iria “detonar” determinado alvo.

Recentemente, Décio comprou briga até com os ex-colegas da Folha, atuando, segundo relato do próprio jornal, para derrubar a pauta dos repórteres que desembarcavam na capital maranhense em busca de noticias contra a família Sarney.

Em seis anos, se aproximou como pode do clã, mas colecionou inimizades pontuais a cada novo post. Nesse tempo, ele comprou briga até com cego que não era cego – quando revelou que um funcionário do Tribunal de Justiça havia passado em concurso na cota de deficientes alegando ser cego, o que Décio jurava de pé junto não ser verdade.

Décio era, segundo os colegas, uma pessoa bem relacionada mas de poucos amigos. Costumava ir para os bares sozinho para tomar suas long necks e estender o expediente por meio de telefonemas que só cessavam na madrugada. Um de seus favoritos era o Bar Estrela do Mar, onde foi morto. Ali, entre um telefonema e outro, ele costumava digladiar com as patas de caranguejos servidos com vinagrete e arroz de toicinho.

Medo. A reportagem de CartaCapital visitou o bar 36 horas após o crime. Apesar do clima de tranquilidade, ninguém ali parecia disposto a falar sobre o caso: a atendente baixava a cabeça, sem olhar para o repórter, quando questionada em qual mesa Décio estava sentado quando morreu. Em plena hora do almoço, o restaurante, um simpático quiosque aos pés da praia, estava vazio. O único movimento era de curiosos a diminuírem a velocidade ao passar pela avenida – e o alvoroço dos funcionários ao se reunir em frente ao aparelho de tevê para ver a fachada do estabelecimento estampada no noticiário.

Casqueiro (a versão maranhense para “marrento”), como descrevem os colegas, Décio não relatou, nos últimos dias, qualquer menção às ameaças. Estava acostumado a desdenhar os comentários mais acirrados que recebia em sua página eletrônica.

Décio tinha as costas quentes. Prova do prestígio do jornalista, capa dos principais jornais do Maranhão no dia seguinte, é que minutos após os disparos, o Bar Estrela do Mar já estava cercado de jornalistas e autoridades, entre elas o próprio secretário de Segurança Pública, Aluisio Mendes. A promessa de revide veio poucas horas depois, quando, dizendo-se chocada, Roseana prometeu capturar os autores do “ato de barbaridade”. Recuperando-se de cirurgia em São Paulo, Sarney pai também se manifestou. Mesmo convalescente, condenou a atrocidade (ele não citou as demais vítimas do desmando no estado) e declarou: o crime “atentava contra a democracia”.

Desmoralizada, a polícia prometeu um prêmio de cem mil reais para quem encontrasse o autor dos disparos. Não explicitou o assassino deveria ser encontrado vivo ou morto.

Conflitos de terra. Queima de arquivo, vingança, “bode expiatório”. O que não faltam, em São Luis, são palpites sobre as razões do assassinato. Em seus últimos posts, o blogueiro havia noticiado irregularidades na prefeitura de Turilândia, a prisão de assessores do Tribunal de Justiça, irregularidades em prefeituras do interior e a suposta participação de parlamentares em exploração sexual.

Mas a hipótese mais provável, levantada pelos próprios colegas de trabalho, é que a morte esteja relacionada indiretamente ao universo dos conflitos agrários. Dias antes de ser morto, Décio havia publicado reportagens contra um empresário de Barra do Corda, cidade do interior maranhense, suspeito de assassinar um líder rural. O empresário é filho do prefeito da cidade e iria a júri se não fosse uma estranha notícia publicada na véspera pelo blogueiro: quase todos os integrantes do júri eram ligados à família do acusado.

A publicação, com nome e “parentesco” dos jurados, melou o julgamento, afinal transferido para a capital – onde imagina-se que o empresário terá menos chances de sair ileso.
Quando foi atingido, Décio falava ao telefone com o vice-prefeito de Barra do Corda, Aristides Milhomem. Não parecia preocupado com possíveis ameaças: sentado numa cadeira do corredor próximo ao banheiro, estava desprevenido, de costas para a avenida, à espera de dois amigos: o também blogueiro Luis Cardoso (anti-Sarney) e o suplente de vereador Fábio Câmara, assessor da secretaria de Saúde do Maranhão.

 Entretido ao telefone, Décio não deu importância ao sujeito que desceu de uma moto à sua procura. Sem capuz ou óculos escuros, o que leva a polícia a suspeitar de que fosse um forasteiro, o assassino percorreu o corredor estreito do bar e conferiu onde estava o alvo. Passou por ele na ida ao banheiro. Na volta, deixou a encomenda: seis tiros disparados com uma pistola calibre 40, de uso da polícia. Em seguida, fugiu a pé, protegido pela ausência de câmeras de monitoramento ou policiamento.

Para despistar, cortou os barrancos de areia que serpenteiam a avenida e escondem os luxuosos prédios de uma área nobre encravada num bolsão de pobreza. Por ali, as únicas testemunhas eram um grupo de evangélicos a rezar no morro àquela hora da noite.

Ao saberem do burburinho sobre a morte do blogueiro, a reação de vários colegas foi a mesma: pegaram o telefone para tentar checar a notícia com a própria fonte.

Foram longos minutos em que o aparelho, de uso pessoal, vibrou e berrou em vão numa mesa do restaurante: aos 42 anos, Décio estava ao chão, com o rosto e o peito cravejado de tiros.
Morreu em combate: em uma das mãos, um outro celular, usado para trabalho, estava colado ao ouvido.

Instinto. A morte a tiros do jornalista, dentro de um bar de uma das mais movimentadas vias de São Luis, deixou desnorteado o grupo de repórteres políticos da região. A sensação, resumida por um deles, era: “se ele, que era querido pelos Sarney, morreu, imagine nós”.

O medo uniu, talvez pela primeira vez, sarneyzistas e oposição.
Marco Aurélio D’Eça, blogueiro e colunista político de O Estado, conviveu com Décio nos tempos de juventude, no bairro João Paulo, e, anos mais tarde, na faculdade, nas redações e bares para ouvir rock às sextas-feiras. As esposas são amigas e tiveram filhos na mesma época – a mulher de Décio está grávida novamente.

Segundo D’Eça, a morte do colega deixou em alerta o grupo de blogueiros do estado, formado por cerca de dez profissionais que, sozinhos e com estilo próprio (embora ligados a seus grupos), somam mais audiência que qualquer publicação local.

“Vou te dizer: estou com muito medo”, diz o jornalista. “No jornal, nunca recebi processos. No blog, em poucos anos já recebi cinco. Sem contar as ameaças: gente dizendo que sabe quem você é, o que faz, onde anda.”
Apesar do medo, Gilberto Léda, também blogueiro e repórter de política, é quem resume o espírito da imprensa maranhense após o golpe: “Todos estamos assustados, nossos amigos e familiares pedem para a gente ter cautela. Mas a tendência é não desanimar. Quando a gente escolhe essa profissão, sabe dos riscos. Corremos riscos por puro instinto”.

No Maranhão, em que pese a influência das oligarquias no jornalismo, este instinto é quase um ato de coragem: os assassinos, estejam onde estiverem, estão soltos, protegidos e prontos para a próxima.

Por Matheus Pichonelli
Fonte; Carta Capital

Morre o francês Roland Moreno, inventor do cartão com chip



Ele apresentou a primeira versão do cartão com chip em 1974 e solicitou 45 patentes durante os cinco anos seguintes.

Roland Moreno
29-04-2012 15:15

Roland Moreno (Foto Divulgação)


O inventor do cartão com chip, o francês Roland Moreno, morreu neste domingo em Paris aos 66 anos, informou o site do jornal Le Parisien. Moreno, que nasceu em 11 de junho de 1945 no Cairo, era apaixonado por eletrônica. Ele apresentou a primeira versão do cartão com chip em 1974 e solicitou 45 patentes durante os cinco anos seguintes.

No entanto, 20 anos depois as patentes passaram ao domíniopúblico, o que provocou dificuldades financeiras  à empresa Innovatron, fundada por Moreno em 1972. Em 2000, Moreno anunciou que daria um milhão de euros a quem conseguisse quebrar o código de uma carta com chip em um prazo de três meses, o que não aconteceu.

O cartão com chip foi usado de vários modos diferentes, por exemplo como cartão de crédito bancário ou como cartão SIM para os telefones celulares.

sábado, 28 de abril de 2012

Prefeitura Inaugura Escola no Residencial José de Sousa Almeida



 
  

Pais, alunos, professores, secretários e  moradores do residencial José de Sousa Almeida, participaram na tarde desta sexta-feira (27), da aula inaugural da mais nova escola  da cidade de Chapadinha,  a  Unidade Integrada  "Coronel Joaquim Nunes”.

A escola possui seis salas e vai atender cerca de 450 estudantes da educação infantil e ensino fundamental que foram transferidos de outras escolas da rede municipal de educação por causa da mudança de residência dos pais beneficiados pelo Programa Minha Casa Minha Vida.


Dona Jayana, mãe de sete filhos morava no bairro São José, ela foi uma das beneficiadas do programa e teve que  mudar para o residencial. A principal preocupação dela era matricular os filhos próximo de casa. “Aqui é muito longe, não tem transporte,  só uma bicicleta. Eu  não tinha matriculado meus filhos em outra  escola, esperando esse dia”, afirmou a dona de casa.

Para a secretária de educação Enir Ferreira Lima, a escola é um ganho siguinificativo para a comunidade do Residencial José de Sousa Almeida, uma vez que mil famílias residem no local. “Nós já temos alunos matriculados da educação infantil ao oitavo ano. Não obtivemos números suficientes para formar a turma do nono ano.  Mas, há uma grande expectativa  que   nos próximos dias a gente consiga matricular alunos na EJA – Educação de Jovens e Adultos no turno noturno e também alunos do ensino médio em  parceira com a secretaria de estado da educação”, frisou Enir Ferreira.

A prefeita Danúbia Carneiro, resaltou a importância da escola para comunidade.“ O importante é que nós estamos  acolhendo quase 500 crianças e adolescentes. Eu vi um brilho especial nos olhos desses meninos e meninas nesta escola, pra mim, um  momento todo especial compartilhada com todos os presentes nesta cerimônia”, disse Danúbia.

O vereador Samuel Nistron, representando a câmara municipal, destacou o projeto da escola  que seguiu  um padrão determinado pelo ministério da educação. “Participar desse momento e da execução desse projeto que passou pela câmara é importante para esses pais que fizeram questão de prestigiar o evento. Parabenizo, professores e  alunos desta escola”,  afirmou o parlamentar.  

A Unidade Integrada “Coronel Joaquim Nunes”, dispõe de uma completa infra estrutura como biblioteca,  área de recreação, banheiros (inclusive para pessoas especiais), cozinha e salas especiais. As aulas terão inicio na próxima segunda-feira, (30).

                                                                           

 

  

Fotos e Texto: Blog CN1 e Luis Carlos Jr.

Rádios comunitárias podem ter financiamento do BNDES e acesso à Lei Roaunet





Da Redação

A possibilidade de as rádios comunitárias receberem financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para modernizar equipamentos pode ser votada nesta quarta-feira (2) às 9h, na reunião da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). Outra proposta em pauta dá acesso à Lei Roaunet para as rádios comunitárias.

No caso do financiamento do BNDES às rádios comunitárias, o projeto original, do senador licenciado Marcelo Crivella (PRB-RJ), propõe que as rádios recebessem financiamento para adotar o sistema digital. Porém, sem a definição do governo sobre o funcionamento das rádios em padrão digital, o relator da matéria, senador Walter Pinheiro (PT-BA), sugeriu que a ajuda seja apenas no sentido da evolução dos equipamentos, sem vínculo com o sistema digital. O projeto é terminativo na CCT.

“Os recursos poderão ser aplicados em projetos de capacitação técnica e operacional dessas entidades, incluindo aquisição de equipamentos, modernização de instalações e de sistemas, produção de programas de caráter educativo-cultural, programas para formação e aperfeiçoamento de profissionais e para prestação de consultoria técnica especializada”, explicou Walter Pinheiro ao justificar a mudança.

Lei Rouanet

Também está na pauta o projeto de lei (PLS 629/2011) que prevê a possibilidade de rádios comunitárias receberem recursos previstos na Lei Rouanet (Lei 8.313/1991). O Projeto é do senador Paulo Paim (PT-RS) e tem o apoio do relator, Gim Argello (PTB-DF). Se aprovada, a matéria seguirá para análise da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).

Outros 23 itens dos 27 que compõem a pauta da CCT são projetos de decretos legislativos autorizando o funcionamento de emissoras de rádio e televisão em diversas regiões do país. A reunião ocorrerá na Ala senador Alexandre Costa, sala 13.
Agência Senado


Juiz lamenta falta de empenho do Maranhão na aplicação da Lei







Especialista em Direito Eleitoral e um dos coordenadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, o magistrado defendeu nacionalmente a implantação da Lei. Recentemente viajou ao México para compartilhar a experiência brasileira com os juristas mexicanos.

Em conversa com O Imparcial, o magistrado destacou a decisão do STF sobre a matéria e lamentou o pouco empenho do estado na aplicação da nova lei.

O Imparcial – Quais são os principais desafios para que a Lei Ficha Limpa seja aplicada este ano?

Márlon Reis – O maior desafio nós superamos que foi o demorado debate sobre a constitucionalidade da Lei. Felizmente, o Supremo Tribunal Federal (STF) superou essa questão afirmando, por ampla maioria, que a Lei está completamente de acordo com a nossa Constituição. Agora virão outros desafios relacionados à interpretação de cada um dos muitos dispositivos da Lei. Nossa meta é participar do debate de cada um deles. Tanto do debate jurídico quanto do debate de natureza social que cada um suscita.

Como será feita a exclusão de candidatos condenados por decisões colegiadas?

Existe a necessidade de que a Justiça Eleitoral e todas as instituições encarregadas da fiscalização do processo eleitoral, assim como o Ministério Público, se apropriem de mecanismos que permitam obter esses dados e confrontá-los com as informações apresentadas pelos candidatos. Por isso, é muito importante a formação de uma rede institucional que envolva todos os órgãos onde possam ocorrer decisões que acarretem em inelegibilidade. Não é provável que essa rede esteja pronta nesta eleição, com a qualidade que precisa por conta do tempo, uma vez que o STF demorou muito para julgar a matéria. Mas, já está sendo montada e, com certeza, na próxima eleição essa ligação será mais completa. Por hora, precisaremos muito do apoio da sociedade que poderá trazer ao Ministério Público ou à Justiça Eleitoral informações preciosas sobre eventuais deslizes cometidos pelos candidatos e que acarretem em inelegibilidade.

Como um dos coordenadores da Lei da Ficha Limpa o senhor acredita que o Maranhão está engajando na aplicação da Lei ou estamos sendo apenas expectadores?

Há muitas pessoas envolvidas, mas elas são extremamente minoritárias. Uma mostra de que não estamos em dia com o que está acontecendo no restante do país é que não existe um só município no estado do Maranhão que já tenha a Lei da Ficha Limpa municipal o que já ocorre nas principais capitais e muitas outras cidades do Brasil. Em estados como Minas Gerais e Paraíba é impressionante o número de municípios que já aprovaram leis assim. Da mesma maneira, existem sete estados, com a adesão recente de Goiás, que impedem a nomeação de pessoas para cargo de confiança que tenham sido declaradas inelegíveis. No Maranhão foi aprovado um bom projeto na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia e estamos esperando essa matéria ir ao plenário para comemorarmos o ingresso do Maranhão nesse movimento que está sendo vivido em todo o país. Lamentavelmente, ainda estamos atrasados nesse debate.

O número de processos contra gestores por desvio de recursos é um dos maiores do país, isso implicará num recorde dos chamados “fichas sujas” no estado?

Eu não diria tanto, embora possamos fazer alguns cruzamentos de dados no futuro quando soubermos quem são os candidatos. Mas, de fato, as informações que temos até agora indicam que existe muita gente apanhada pela teia da Ficha Limpa aqui no estado do Maranhão, especialmente, por contas rejeitadas e atos de improbidade. Isso é lamentável. Por outro lado, poderemos comemorar o fato de que essas pessoas não poderão voltar a ocupar espaço à frente dos municípios. Isso nos dá esperança de que novas pessoas, com uma nova mentalidade, venham a exercer esse espaço importante do poder político.

O Ministério Público não poderia ter uma postura mais ativa em relação ao acompanhamento de gestores que cometem irregularidades que resultem em infrações previstas na Ficha Limpa ou uma mobilização maior junto à sociedade sobre o tema?

O Ministério Público do Estado do Maranhão tem uma excelente atuação no combate à corrupção, inclusive a eleitoral. O órgão promoveu debates a partir de 2000 contra a corrupção eleitoral. Os promotores do estado sempre participaram desses eventos chamando a comunidade para debater o problema de compra de votos. É verdade que podemos ir mais além em nossas instituições, peço a todos os promotores de justiça que de fato se aproximem ainda mais das suas comunidades e as tenham como aliadas no processo de recolhimento dessas informações preciosas para apresentação das atuais bases de impugnação de candidaturas a partir da Ficha Limpa.

Em março, os partidos chegaram a pedir ao TSE que reconsiderasse a resolução que impede os candidatos com contas rejeitadas na última campanha de serem impedidos de disputar um novo pleito argumentando que muitas vezes haveria a ausência de uma informação por descuido. O que o senhor acha desse argumento?

Esse é um debate que não é diretamente relacionado, mas é decorrente da Ficha Limpa, trata não das contas públicas dos gestores, mas das contas de campanha. Na verdade, se trata de um grave problema que tem que ser observado pela Justiça eleitoral. As contas não são rejeitadas por meros vícios formais, esse discurso é uma falácia, já que a Lei das Eleições estabelece que os vícios formais não podem levar à rejeição das contas. A verdade é que encontramos nessas contas, eu mesmo já vi muitas vezes, documentos falsos, notas fiscais frias, são atos de fraude que implicam na rejeição das contas. Esperamos que a Justiça Eleitoral não se intimide por essa cruzada de partidos e mantenha seu entendimento que está de acordo com a lei.

O que pode ser feito para evitar a chuva de recursos impetrados por candidatos para se manterem na disputa eleitoral como ocorreu nas últimas eleições?

A Lei da Ficha Limpa mudou isso. O fato de concorrer com uma liminar não o coloca a salvo, ele perderá o mandato posteriormente. É mais grave porque aquele que é condenado e pediu uma liminar, sobre os efeitos da aplicação da Ficha Limpa, para ser candidato, reclama para si a concessão de uma prioridade sobre a apreciação do feito, por força do que está previsto na própria lei. Ele deverá ser julgado com primazia sobre todos os demais, isso significa que para conseguir uma liminar pagará o preço de ter o recurso julgado rapidamente. O que pode fazer com que perca não apenas o mandato, mas até a liberdade em casos criminais.

Como o senhor acredita que a Justiça deve proceder em casos onde o gestor enfrenta processos na Justiça, mas se coloca como candidato, exemplo que ocorre em cidades do nosso estado?

Como magistrado eu não posso fazer menção a nenhum caso concreto e como pessoa adoto a mesma postura. Compete a Justiça em cada caso concreto analisar. Eu tenho certeza que nestes casos o Judiciário será bastante coerente com o momento que a sociedade está vivendo e vai afastar do pleito quem deve ser afastado.

Trator roubado no MA é encontrado no interior do PI



A polícia prendeu na madrugada do dia 27 o autor do furto Adailton Rodrigues Mororó


O trator foi furtado em 2011 de uma propriedade no Povoado Frexeiras, município de Água Doce do MA

O trator foi furtado em 2011 de uma propriedade no Povoado Frexeiras, município de Água Doce do MA

Policiais do Destacamento de Joaquim Pires conseguiram recuperar um trator escavo (Pá Carregadeira), modelo 55-C, de propriedade da empresa Marpisa Mariscos do Piauí S/A, com sede em Barra Grande, município de Cajueiro da Praia-PI.

A denúncia do furto do trator foi feita à polícia pelo gerente da Marpisa, Silas César de Castro. O fato foi comunicado à Delegacia Regional de Polícia de Esperantina, que pediu ao juiz de Joaquim Pires a prisão preventiva de Adailto e a busca e apreensão do trator que já foi devolvido à Marpisa.

O trator foi furtado no ano passado de uma propriedade no Povoado Frexeiras, município de Água Doce do Maranhão. Na época, o trator estava alugado para um senhor de nome Cláudio.A polícia prendeu na madrugada do dia 27 o autor do furto Adailto Rodrigues Mororó, 37 anos, natural de Santa Quitéria-CE, e localizou o trator em um matagal na localidade Piçarreira, município de Joaquim Pires.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Polícia Prende Suspeitos de Matar jornalista Maranhense.

Do Blog Alexandre Pinheiro



A Polícia do Maranhão já prendeu quatro pessoas, sob a acusação de envolvimento no assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá.

A informação foi confirmada na manhã de hoje (26) ao Jornal Pequeno pelo secretário estadual de Segurança Pública, Aluísio Mendes (foto), que preferiu não informar mais detalhes sobre as prisões.

O secretário (foto ao lado) afirmou que qualquer nome só será revelado à imprensa quando as investigações comprovarem a participação dos suspeitos no crime.
Décio Sá foi morto com seis tiros – quatro deles na cabeça – de pistola ponto 40 (de uso exclusivo da polícia), no fim da noite de segunda-feira (23), no bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea.

O secretário Aluísio Mendes também desmentiu, ao JP, notícia publicada hoje no jornal carioca O Globo, de que a polícia já teria identificado um ex-presidiário que seria comparsa do pistoleiro que assassinou Décio.

Segundo Mendes, a investigação ainda está na fase inicial, de ouvir depoimentos de testemunhas, confeccionar um retrato falado do pistoleiro e analisar as imagens de câmeras instaladas nos prédios próximos ao local em que o matador desceu da garupa da moto que lhe deu fuga e entrou num carro.

A polícia também aguarda o resultado de análise, por parte da Polícia Federal, das impressões digitais deixadas num carregador de munição que o criminoso deixou cair durante a subida numa duna da Litorânea.

“Também vamos poder localizar a origem da arma pelo número de série do carregador e identificar o lote de munição de onde saíram as balas que mataram o jornalista”, disse Mendes.
A polícia do Maranhão ainda não revelou se já há um suspeito de mandar executar Décio Sá, mas, segundo o secretário Aluísio Mendes, o crime foi “encomendado e meticulosamente planejado”.

Em seu blog, Décio Sá denunciava tanto casos de pistolagem e corrupção como também escrevia sobre a vida pessoal de vários políticos e personalidades maranhenses.

A polícia também tem sido subsidiada por um grande número de informações, recebidas diariamente pelo Disque Denúncia do Maranhão, que até a tarde de ontem (25) já havia contabilizado 27 ligações.

O serviço está oferecendo R$ 100 mil por pistas que levem aos autores do crime. A recompensa só é equiparada à oferecida pelo Disque Denúncia do Rio de Janeiro, no início dos anos 2000, na busca do traficante Fernandinho Beira-Mar, preso em 2002.

O assassinato de Décio Sá provocou manifestações de indignação de várias entidades jornalísticas – como a Associação Brasileira de Imprensa, a Repórteres Sem Fronteiras e o Sindicato dos Jornalistas de São Luís –, que cobraram a rigorosa apuração do caso e a aprovação no Congresso Nacional de projeto de lei que federaliza os crimes cometidos contra os profissionais de comunicação.

Jornal Pequeno

Últimos preparativos para a aula inaugural da escola do Residencial José de Sousa Almeida.


A Prefeitura de Chapadinha, por meio da Secretaria Municipal de Educação, está acertando os últimos detalhes na Unidade Escolar Coronel Joaquim Nunes, no Residencial José de Sousa Almeida, para a realização da aula inaugural, na próxima segunda-feira, dia 30.



A escola foi construída para atender 480 estudantes, nos níveis de Educação Infantil e Ensino Fundamental, nos turnos matutino e vespertino, até o momento, foram matriculados 400 alunos. 



Hoje pela manhã (25), além do setor administrativo, os servidores da escola organizavam   uma parte, das carteiras escolares, adquiridas pela SEMED, para o ensino público municipal de Chapadinha.

Das seis salas existentes na U.E. Cel. Joaquim Nunes, quatro, serão destinadas ao Ensino Fundamental e, as demais, para o Ensino Infantil. De acordo com a representante da Secretaria Municipal de Educação, Jacira Freire, a escola futuramente, deverá oferecer, conforme à demanda, a modalidade de ensino EJA – Educação de Jovens e Adultos.



Ainda segundo Jacira, será realizada uma reunião na unidade, na sexta-feira, dia 27, a partir das 4h da tarde, com o objetivo de apresentar o quadro docente e administrativo da escola à comunidade do residencial. O evento deverá contar com a presença da prefeita de Chapadinha, Danúbia Carneiro, da secretária municipal de educação, Enir Ferreira Lima e demais convidados. 



A representante da SEMED lembra aos pais ou responsáveis, que não completaram a matrícula dos filhos, que o prazo para levar as cópias do registro de nascimento e da declaração da escola onde o menor estudava anteriormente, termina amanhã (26).

SEMA promove audiência pública sobre instalação da Suzano em Chapadinha.

 
A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Maranhão realizou, na noite de ontem (26), no Ginásio do Colégio O Pequeno Príncipe, uma audiência pública sobre o projeto industrial da Suzano Energia Renovável que, planeja instalar uma fábrica no Município de Chapadinha.


Para a Gerente de Assessoria Jurídica da SEMA – Adriana Arouche, a realização da audiência pública no município é o primeiro passo, de uma série de etapas, até chegar à emissão do licenciamento definitivo da unidade fabril da SER no município.

Na oportunidade foram apresentados, o projeto industrial da empresa e o relatório de impacto ambiental na região. De acordo com o gerente executivo de engenharia da Suzano, João Carlos, a indústria será instalada, na Fazenda Santo Anjo, uma área rural localizada a 20 km de Chapadinha. A meta de produção é de 2 milhões de toneladas de pellets (partículas desidratadas e prensadas de madeira moída) ao ano, a partir de 2014.

Segundo o diretor de operações da Suzano, a empresa vem com o propósito de promover o desenvolvimento e a qualidade de vida na região, além de gerar energia, por meio de fontes renováveis, sem perdas significativas ao meio ambiente. Marcos Stolf enfatiza que a ideia do projeto é gerar emprego e renda na região, a partir de uma fonte de energia limpa, minimizando a emissão de gases tóxicos que provocam o efeito estufa. O empreendimento vai gerar a própria energia, que vai consumir, não comprometendo o abastecimento de energia elétrica local.
A empresa responsável pela elaboração dos estudos ambientais foi a STCP Engenharia de Projetos Ltda., que apontou os impactos e riscos ambientais associados ao projeto industrial da Suzano Energia e respectivos programas e medidas para controle, minimização, compensação, potencialização e monitoramento.
Entre os impactos negativos, os estudos revelaram que haverá alteração da qualidade do ar pela emissão de ruídos, alteração da paisagem regional e afugentamento da fauna. Em relação aos positivos, o relatório de impacto ambiental revelou que o empreendimento vai gerar emprego e renda, melhorar os acessos regionais a localidades isoladas e aumentar a receita tributária, municipal e estadual.
 Em seguida, foram respondidos os questionamentos da plenária, pelos técnicos da STCP e membros da equipe da Suzano. Participaram da audiência lideranças comunitárias, sindicais, eclesiásticas e políticas dos municípios da região, entre elas, o prefeito de São Benedito do Rio Preto, a prefeita de Chapadinha, o Deputado Estadual, Magno Bacelar – representando a Assembleia Legislativa do Maranhão e Ministério Público.

O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), está disponível na página virtual da SUZANO ENERGIA RENOVÁVEL.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

MIL HOMENS NÃO DEFENDERIAM DÉCIO SÁ DA COVARDIA DO CRIME DE PISTOLAGEM


O blogueiro Décio Sá falava ao celular com o Vice-Prefeito de Barra do Corda, Aristides Milhomem, segundos antes de morrer. Na pauta, o Juri que aconteceria nesta quarta(25), em que figura Pedro Teles como mandante.

O assunto foi explorado exaustivamente pelo blogueiro na penúltima postagem. Quem teria fornecido a relação de jurados com a detalhada ligação de cada um com a família de Pedro Teles? "Sem sombra de dúvidas" os Milhomens.

Décio Sá está morto e enterrado. Aristides Milhomem não poderia protegê-lo via celular. Tatá Milhomem não pode ressuscitá-lo da tribuna da Assembleia Legislativa. Prossegue o embate político "na Barra do Corda".

Milhomens e Teles continuam vivos e poderosos. Blogueiros, jornalistas, radialista e setoristas da área política tolhidos, tutelados e tolerados. Em poucos dias Décio deixa de ser pauta e voltaremos a modorra da mídia.
No Maranhão é como no Irã. Para escrever contra os poderosos, é preciso estar distante e bem protegidos pelas forças dos organismos internacionais. 

Mil homens ou Milhomens não defenderiam Décio Sá da covardia do crime de pistolagem. 

terça-feira, 24 de abril de 2012

Bira afirma que volta da pistolagem no Maranhão é motivada pela impunidade


A volta da pistolagem ao Maranhão foi o principal tema dos debates da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (24). Os assassinatos dos quilombolas Flaviano Pinto, em 2011 e Raimundo “Cabeça”, no último dia (14), e agora a execução do jornalista Décio Sá confirmam a insegurança total do MA.
Na sessão plenária desta segunda-feira (23) o presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALEMA, deputado estadual Bira do Pindaré (PT), solicitou a realização de uma audiência pública justamente para tratar da pistolagem no MA.


http://www.jornalpequeno.com.br/blog/johncutrim/wp-content/uploads/2012/04/14292424-2121252398foto1.bmp




 O parlamentar elencou a série de crimes contra a vida que vem aterrorizando toda sociedade maranhense. “A Pistolagem vem vitimando lideranças, camponeses, como foi o caso do povoado Charco, em São Vicente de Ferrer, no final de 2010, a poucos dias, menos de 15 dias, do líder camponês Raimundo Cabeça, no município de Buriticupu, e agora o jornalista Décio Sá”, denunciou.
Todos os casos estão relacionados e revelam a insegurança e a falta de políticas públicas para a área de segurança no estado. De acordo com Bira os crimes no interior do Maranhão e o assassinato do jornalista Décio Sá em plena Avenida Litorânea, em São Luís, são provas cabais da fragilidade do nosso sistema de segurança.
O petista revelou que apesar de nunca ter sido elogiado por Décio Sá, neste momento de dor resta a todos se solidarizar com a família. Ele ainda disse que a sensação de impunidade e a falta de prevenção em relação à segurança pública ajudam a explicar o crime.
“O assassinato do jornalista Décio Sá não pode ficar impune. É preciso que a gente fortaleça o nosso sistema de segurança, pelo menos para inibir, pelo menos nos locais públicos de grande frequência da população as pessoas se sintam, tenham, pelo menos, a sensação de segurança”, protestou Bira.
Eliziane pede acompanhamento do caso
Jornalista de profissão e de paixão, a deputada Eliziane Gama (PPS) lamentou na manhã desta terça-feira (24) a morte do colega Décio Sá, que tinha um dos blogs mais lidos do Maranhão.
A parlamentar se solidarizou com os familiares e amigos do jornalista e pediu que as Comissões de Segurança e de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa acompanhem as investigações sobre o caso.
“Entendo que essa Casa precisa ter um papel preponderante no caso da morte do jornalista Décio Sá. A Comissão de Segurança e a Comissão de Direitos Humanos desta Casa precisam acompanhar a investigação deste crime para evitar que a impunidade aconteça”, solicitou.
A parlamentar esteve na noite da ultima segunda-feira (23) no local do crime. Ela disse que o assassinato do jornalista é uma afronta à liberdade de imprensa e caracteriza-se como crime de encomenda.
“Fomos até a Litorânea, chegamos lá e encontramos vários colegas parlamentares e representantes da política do Maranhão. Vi imagens estarrecedoras, vi coisas que não podemos aceitar. A morte do jornalista Décio Sá é uma agressão à liberdade de expressão no Brasil!”, lamentou.
Eliziane Gama enfatizou a necessidade de combater o crime de pistolagem no Maranhão e citou outros casos como a morte do delegado Stênio Mendonça (1997).
“A morte de Décio Sá é caracterizada como crime de encomendada. Os funcionários do restaurante onde ele estava disseram que o autor dos disparos teve uma ação fria diante da vítima. Não podemos aceitar o retorno do crime de pistolagem no Maranhão”, destacou.
Na tribuna, Eliziane Gama comentou ainda a colocação do Brasil no ranking mundial de morte de profissionais da imprensa. “O Brasil estava na 12ª posição mundial por assassinatos de jornalistas, hoje é 11º no mundo. De 1992 para cá mais de 30 jornalistas foram mortos, e boa parte destas mortes são referentes ao exercício da profissão”, destacou.
Publicado em 24 de abril de 2012 por John Cutrim

HOJE 25 DE ABRIL,É DIA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA EM CHAPADINHA


SEMA realiza audiência pública para projeto industrial da Suzano Energia Renovável



 Amanhã (dia 25 de abril), a partir das 19 horas, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (SEMA) realiza audiência pública referente à instalação da unidade industrial da Suzano Energia Renovável na cidade de Chapadinha (MA). A solenidade acontece no Ginásio da Escola O Pequeno Príncipe, no Centro do município.

O evento é aberto ao público e haverá transporte gratuito para os interessados em participar. Os ônibus sairão da Igreja Matriz de Urbano Santos e de São Benedito do Rio Preto no próprio dia 25, às 17 horas.

Jornalista é executado a tiros na Avenida Litorânea, em São Luís


DÉCIO SÁ FOI ATINGIDO COM SEIS TIROS NA NOITE DESTA SEGUNDA-FEIRA.
JORNALISTA TRABALHAVA EM O ESTADO E TINHA UM BLOG.



Jornalista Décio Sá, de 42 anos é morto na Avenida Litorânea (Foto: Divulgação) 
Jornalista Décio Sá, de 42 anos é morto
na Avenida Litorânea (Foto: Divulgação)
O jornalista Décio Sá foi executado a tiros, na noite desta segunda-feira (23), por volta de 23h15, na Avenida Litorânea, em São Luís. Ele levou seis tiros de um homem que estava em uma motocicleta. Décio Sá tinha 42 anos e era repórter da editoria de política de O Estado do Maranhão e autor de um dos blogs mais acessados do Maranhão.
Segundo informações, um homem desceu da motocicleta, atravessou a pista e foi até o bar Estrela do Mar onde o jornalista se encontrava e disparou seis tiros. Um outro homem ficou aguardando o assassino do outro lado da pista.
"Foi um crime muito ousado. Foi um crime encomendado. As pessoas que entraram aqui no bar vieram com a intenção de executar o jornalista Décio Sá. As pessoas que testemunharam o fato disseram que o autor dos disparos não escondeu nem a cara", disse o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes.
Segundo o perito Jucy Ericeira, o jornalista recebeu seis tiros pelas costas, sendo quatro na cabeça e dois nas costas. A perícia constatou que os tiros foram disparados de uma pistola 0.40, arma de uso exclusivo da polícia.

Repercussão
O presidente do Sindicato dos Jornalistas do Maranhão, Leonardo Monteiro, disse que a morte do jornalista Décio Sá foi um atentado contra a liberdade de imprensa. "Eu estou muito abalado com esse trágico acontecimento que é uma covardia e um atentado contra a liberdade de expressão. Eu estou comunicando o fato a todo o país para que esse fato chegue às autoridades do Ministério da Justiça", afirmou.
Em nota, o Governo do Estado lamentou o crime e repudiou a ação, considerando-a "bárbara e cruel". Informou ainda que todas as providências já estão sendo tomadas para a prisão dos assassinos. Homens da Superintendência de Investigações Criminais e da Delegacia de Homicídios já iniciaram as averiguações para prender os criminosos.

Do G1 MA  
Postado por: Alexandre cunha

 

Delegado diz que morte de jornalista pode ter sido 'encomendada'



Central de Notícias

Jornalista Décio Sá é assassinado em São Luís (Foto: Clarissa Carramilo/G1)
Jornalista Décio Sá foi executado com seis tiros
em São Luís (Foto: Clarissa Carramilo/G1)
 
O delegado Gutemberg Carvalho Rêgo, que investiga o assassinato do jornalista e blogueiro, Décio Sá, 42 anos, ocorrido na noite desta segunda-feira (23), em um bar localizado no início da Avenida Litorânea, afirmou que a polícia acredita que o caso se trate de crime por encomenda.

"Acreditamos que tenha sido crime por encomenda, até pelo próprio calibre da arma, que é calibre 40, privativo da polícia. O fato de a pessoa ter agido com o apoio de outra, ter entrado até o fundo do bar, ido ao banheiro, esperado ele retornar e disparar contra a vítima seis tiros, sem dar chance dele escapar, tudo isso indica de que o crime tenha sido premeditado", afirmou o delegado do Plantão Central.

Sobre o andamento das investigações, Gutemberg disse também que o blog do qual o jornalista era autor pode conter alguma pista. "O blog pode ser uma boa pista. Temos o celular da vítima também. Vamos analisar tudo com calma para chegarmos aos autores do assassinato", adiantou.

Segundo o perito criminal, Jucy Ericeira, que realizou a perícia no corpo do jornalista no local do crime, seis projéteis foram encontrados, sendo dois tiros nas costas e quatro na cabeça. "Somente com o resultado da necrópsia é que teremos certeza de todas as lesões e de quantos tiros, na verdade, atingiram o jornalista", informou.
Jornalista Décio Sá (Foto: Divulgação)Foto do perfil do blog do jornalista Décio Sá
(Foto: Divulgação)
Fatos
De acordo com informações de testemunhas, Décio Sá teria entrado no bar e pedido caranguejo. Pouco depois, seu celular tocou e ele saiu para atender. Na volta, foi surpreendido por um homem de grande porte, que teria disparado os tiros contra a vítima. O suspeito teria corrido para o morro e passado por um grupo de pessoas, que realizava um culto evangélico, antes de sumir.

No morro, a polícia encontrou o carregador de uma pistola que seria compatível com os projéteis retirados pela perícia do corpo do jornalista. O 8º Batalhão da Polícia Militar respondeu ao chamado entre 22h15 e 22h20.

JornalistaDécio Sá tinha 42 anos e há 17 trabalhava como jornalista na editoria de política no jornal O Estado, do Sistema Mirante de Comunicação. Era autor do Blog do Décio, um dos mais acessados do Maranhão. O velório do jornalista está previsto para esta terça-feira (24), na Central de Velórios da Pax União, Centro de São Luís.

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