terça-feira, 17 de setembro de 2013

Dilma decide adiar viagem de Estado a Washington, anuncia Planalto

A presidente Dilma Rousseff decidiu adiar a viagem de Estado que faria em outubro a Washington, nos Estados Unidos, segundo informou em nota nesta terça-feira (17) a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
De acordo com a nota, "os dois presidentes decidiram adiar a visita de Estado, pois os resultados desta visita não devem ficar condicionados a um tema cuja solução satisfatória para o Brasil ainda não foi alcançada".
A decisão foi motivada pelas denúncias de que a agência de segurança norte-americana, a NSA, espionou a presidente, seus assessores e também a Petrobras, segundo revelou o programa Fantástico.
Ainda de acordo com a secretaria, o governo brasileiro espera que a visita de Estado ocorra “no mais breve prazo possível”."Tendo em conta proximidade da programada visita de Estado a Washington – e na ausência de tempestiva apuração do ocorrido, com as correspondentes explicações e o compromisso de cessar as atividades de interceptação – não estão dadas as condições para a realização da visita na data anteriorimente acordada", diz a nota.
“O governo brasileiro confia em que, uma vez resolvida a questão de maneira adequada, a visita de Estado ocorra no mais breve prazo possível, impulsionando a construção de nossa parceria estratégica e patamares ainda mais altos”, diz o texto da nota.
Segundo informou o blog de Cristiana Lôbo, o governo avaliou que não há garantias de que novas denúncias de espionagem não vazarão. O receio da presidente, de acordo com o blog, é o constrangimento que uma nova denúncia provocaria no momento em que ela estivesse nos EUA.Dilma chegaria no dia 23 de outubro à capital dos Estados Unidos para a visita de Estado. O único presidente brasileiro convidado para uma viagem nestes moldes foi Fernando Henrique Cardoso, em 1995.

A viagem de Estado está na mais alta categoria diplomática entre dois países e é realizada apenas duas vezes por ano pelos Estados Unidos. A visita inclui diversas pompas e cerimônias formais, como revista às tropas norte-americanas, visita às sedes dos três poderes e jantar de gala na Casa Branca oferecido pelo presidente Barack Obama.
Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República:
Nota oficial
A presidenta Dilma Rousseff recebeu ontem, 16 de setembro, telefonema do presidente Barack Obama, dando continuidade ao encontro mantido em São Petersburgo, à margem do G-20, e aos contatos entre o ministro Luiz Alberto Figueiredo Machado e a assessora de Segurança Nacional Susan Rice.
O governo brasileiro tem presente a importância e a diversidade do relacionamento bilateral, fundado no respeito e na confiança mútua. Temos trabalhado conjuntamente para promover o crescimento econômico e fomentar a geração de emprego e renda. Nossas relações compreendem a cooperação em áreas tão diversas como ciência e tecnologia, educação, energia, comércio e finanças, envolvendo governos, empresas e cidadãos dos dois países.
As práticas ilegais de interceptação das comunicações e dados de cidadãos, empresas e membros do governo brasileiro constituem fato grave, atentatório à soberania nacional e aos direitos individuais, e incompatível com a convivência democrática entre países amigos.
Tendo em conta a proximidade da programada visita de Estado a Washington – e na ausência de tempestiva apuração do ocorrido, com as correspondentes explicações e o compromisso de cessar as atividades de interceptação – não estão dadas as condições para a realização da visita na data anteriormente acordada.
Dessa forma, os dois presidentes decidiram adiar a visita de Estado, pois os resultados desta visita não devem ficar condicionados a um tema cuja solução satisfatória para o Brasil ainda não foi alcançada.
O governo brasileiro confia em que, uma vez resolvida a questão de maneira adequada, a visita de Estado ocorra no mais breve prazo possível, impulsionando a construção de nossa parceria estratégica a patamares ainda mais altos.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Em meio à crise síria, Israel faz teste de míssil com EUA no Mediterrâneo

Israel confirmou que fez um teste de um míssil, que foi usado como alvo um sistema antimísseis financiado pelos EUA, no Mar Mediterrâneo nesta terça-feira (3), em meio à tensão regional provocada pela guerra civil da Síria.
O teste foi realizado com sucesso, segundo autoridades israelenses.
O ministério israelense disse que o teste foi conduzido às 9h15 (3h15 no horário de Brasília), com a colaboração e o conhecimento dos EUA, praticamente no mesmo horário que a agência de notícias russa RIA disse que um radar russo havia detectado o lançamento de dois "objetos" balísticos no Mediterrâneo.
O lançamento do míssil, do tipo radar Ankor, aconteceu no Mediterrâneo a partir de uma base militar no centro de Israel, segundo a imprensa israelense.
Ele foi detectado pelo sistema russo de alerta em Armavir, sul da Rússia, segundo um comunicado do ministério. Por conta do incidente, a Rússia aumentou o nível de alerta.
EUA 
Um funcionário do ministério russo havia criticado mais cedo os EUA por enviarem navios de guerra ao Mediterrâneo, próximo à Síria.
A Marinha dos EUA não disparou nenhum míssil a partir de navios no Mediterrâneo, disse um porta-voz do quartel-general da Marinha norte-americana na Europa. "Não foi disparado nenhum míssil a partir dos navios dos EUA no Mediterrâneo", disse o porta-voz, que não forneceu mais detalhes.
"Israel rotineiramente lança mísseis ou drones (aeronaves não tripuladas) para testar sua própria capacidade de defesa balística", disse à France Presse uma fonte norte-americana em Washington.
Expectativa de ataque
A região vive um clima tenso por conta da perspectiva de um ataque americano à Síria, em represália ao suposto uso de armas químicas pelo regime sírio na guerra civil contra os rebeldes.
Não houve relatos de ataque a território sírio nesta terça.
Aval do Congresso
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse no sábado que vai buscar o aval no Congresso americano para atacar a Síria.
No âmbito da ONU, Rússia e China, aliados da Síria, barram resolução do Conselho de Segurança que abriria caminho para ataque ao país.
O governo de Bashar al-Assad nega ser responsável pela morte de centenas de civis no suposto ataque com gás em 21 de agosto.
A Rússia, principal aliada de Assad no cenário externo, diz suspeitar que o ataque tenha sido cometido por rebeldes, para provocar uma intervenção militar externa.
O sistema de radar de alerta antecipado da Síria não detectou nenhum míssil atingindo o território do país, de acordo com uma fonte de segurança síria citada pela emissora de TV libanesa Al-Manar.

Jovem perde movimentos e pede na Justiça R$ 100 mil de dupla sertaneja

Uma jovem de 22 anos luta há um ano na Justiça para receber indenização dos irmãos Huelinton Cadorini Silva, de 39 anos, e Udson Cadorini Silva, de 41 anos, que formam a dupla sertaneja Edson & Hudson. Ela perdeu os movimentos do braço direito depois de um acidente envolvendo o ônibus dos cantores e a moto em que estava de carona em agosto de 2009, na Rodovia Anhanguera, em Limeira (SP).
Ela pede R$ 100 mil como reparação por danos morais e materiais. Uma audiência de conciliação foi marcada para o dia 30 deste mês às 14h30. Não há previsão de data para o julgamento, que pode ser suspenso se houver consenso entre as partes.
O acidente ocorreu no dia 30 de agosto de 2009. De acordo com a vítima, que pediu para não ter o nome publicado, ela e um amigo voltavam da Festa do Peão de Americana (SP) quando foram fechados pelo ônibus da dupla. “Estávamos na rodovia e o ônibus fechou a nossa moto. Para não entrar debaixo do veículo, meu amigo desviou e bateu em um carro. Ele não teve ferimentos, mas eu sofri uma fratura exposta no braço direito e perdi os movimentos dele e da mão”, relatou a jovem, que na época tinha 18 anos.
Ela passou por cinco cirurgias e aguarda para fazer a sexta. "Os médicos retiraram um nervo da perna para colocar no braço e também fizeram um enxerto para tentar recuperar os movimentos do braço e da mão", disse.
A jovem relatou que depois do acidente precisou abrir mão das atividades cotidianas. “Eu fazia curso técnico de farmácia em Piracicaba (SP) e trabalhava. Depois do acidente não consigo fazer mais nada. Não consigo escrever, carregar nada com o braço. Nem mesmo passar um pano no chão. Eu me sinto uma inválida. Também fiquei sem dinheiro e tive que trancar o curso", afirmou. Ela contou que evita andar na rua por vergonha das cicatrizes no braço.
De acordo com a jovem, no dia do acidente o ônibus não parou e os responsáveis nunca prestaram atendimento ou ajuda médica.“Fiquei com as sequelas e ninguém bateu na porta da minha casa para ajudar. No dia do acidente havia muitas pessoas no local que viram que o ônibus da dupla provocou o acidente. Eu ia deixar quieto, mas a minha vida mudou totalmente e nunca ninguém me deu amparo”, disse
.

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