sábado, 21 de fevereiro de 2015

Mais bomba! Inquérito de agiotagem no MA será reaberto para investigar 41 prefeituras


Agiotagem



Mais de 40 prefeituras do Maranhão já estão sendo investigadas com a abertura do inquérito sobre os crimes de agiotagem no Estado. O reinício dos trabalhos foi anunciado pela Secretaria de Segurança Pública.

Essa prática é uma ameaça constante à administração pública e também privada que acaba culminando em outros crimes como a pistolagem.

De acordo com o Delegado Geral de Polícia Civil, Augusto Barros, o esquema de agiotagem vinha sendo investigado por uma comissão composta por pessoas que assumiram cargos na nova gestão estadual e por isso precisou ser reformulada.
A nova comissão retomou os trabalhos que já estavam avançados e a recomposição da investigação sobre os crimes de agiotagem partiram de informações sobre o caso do jornalista Décio Sá, assassinado em 2012.

Ao todo 41 gestores e ex-gestores públicos estão na mira da Polícia Civil e Ministério Público. Oito deles já apresentaram elementos mais fortes e a qualquer momento poderá sair um mandado de prisão contra alguns dos investigados pela Polícia Judiciária envolvidos na máfia dos agiotas no interior.

As principais irregularidades encontradas são relacionadas a empresas fantasmas e de fachadas utilizadas para negociatas. Geralmente o agiota procura candidatos ou políticos com maior potencial e oferece custeio de campanha. Em troca utiliza as empresas para fornecimento dos mais variados insumos às prefeituras.
Prefeituras investigadas
1 ­ Apicum­-Açu
2­ Arari
3 ­ Bacabal
4 ­ Brejo
5 ­ Cajapió
6 ­ Cândido Mendes
7 ­ Cantanhede
8 ­ Caxias
9 ­ Coelho Neto
10 ­ Cururupu
11 ­ Dom Pedro
12 ­ Lago Verde
13 ­ Lagoa Grande
14 ­ Magalhães de Almeida
15 ­ Marajá do Sena
16 ­ Mirador
17 ­ Miranda do Norte
18 ­ Mirinzal
19 ­ Nina Rodrigues
20 ­ Paço do Lumiar
21 ­ Pastos Bons
22 ­ Paulo Ramos
23 ­ Penalva
24 ­ Pindaré Mirim
25 ­ Pinheiro
26 ­ Rosário
27 ­ Santa Luzia
28 ­ Santa Luzia do Paruá
29 ­ São Domingos do Azeitão
30 ­ São Domingos do Maranhão
31 ­ São Francisco do Brejão
32 ­ São João do Sóter
33 ­ São Luís
34 ­ Serrano do Maranhão
35 ­ Sucupira do Riachão
36 ­ Timon
37 ­ Turilândia
38 ­ Tutoia
39 ­ Urbano Santos
40 ­ Vargem Grande
41 ­ Zé Doca


Arquivo Histórico

O Arquivo Histórico do Senado é composto por documentos relativos à atividade legislativa e administrativa do Senado Federal e do Congresso Nacional, de caráter permanente e detentores de valor histórico, probatório e informativo. A competência do Senado como guardião da documentação do Congresso Nacional foi estabelecida conforme o Regimento Comum, em decorrência das sessões conjuntas. O Arquivo Histórico do Senado é responsável pela guarda desses documentos e seu acervo está dividido em duas grandes áreas:
Acervo Histórico Legislativo

O acervo histórico legislativo é composto pelos documentos produzidos no processo legislativo desde 1826 e compõe-se primordialmente de:
                                           
Série Falas do Trono 1826-1889 - As Falas do Trono foram discursos proferidos pelos imperadores, Dom Pedro I e Dom Pedro II, e pelos Regentes nas reuniões de abertura e encerramento do ano legislativo da Assembleia Geral Legislativa brasileira. Durante toda a existência da Assembleia, no período monárquico, perante os senadores e deputados, o monarca costumeiramente discorria sobre temas importantes da história política, os problemas que o país enfrentava, os seus desafios e propostas para resolvê-los. Na abertura, indicava metas a serem implementadas durante o ano. Na sessão imperial de encerramento, comumente era realizado um balanço sobre a situação do País e as medidas saneadoras que foram tomadas pelo governo imperial. A solenidade era precedida de todo um cerimonial que, juntamente com o discurso, permitia à Coroa se posicionar como símbolo de poder.

Documentos legislativos do Império (1826-1889): pareceres, requerimentos, projetos de lei, emendas, autógrafos de decretos e resoluções, discursos e atas das sessões.
Proposições legislativas – conforme o Regimento Interno as proposições consistem em: propostas de emenda à Constituição; projetos; requerimentos; indicações; pareceres; e emendas. Desse rol destacam-se: Projeto de Decreto Legislativo do Congresso Nacional (PDN); Projeto de Decreto Legislativo do Senado Federal (PDS); Projeto de Lei Complementar (PLP); Projeto de Lei da Câmara (PLC); Projeto de Lei de Consolidação; Projeto de Lei de Conversão (PLV); Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN), Projeto de Lei do Senado Federal (PLS); Projeto de Resolução do Congresso Nacional (PRN); Projeto de Resolução do Senado Federal (PRS); Proposta de Emenda à Constituição; Veto referente a Projeto de Lei.

Relatórios das Comissões Parlamentares de Inquérito e das Comissões Parlamentares Mistas de Inquérito – Relatório produzido ao final dos trabalhos das CPIs e CPMIs, no qual são reunidas as evidências encontradas, são descritas as conclusões e, conforme o caso, recomendadas providências e punições.

Anais do Congresso Nacional e do Senado Federal (1826-1990): compreende a publicação dos trabalhos das sessões, organizadas por ordem cronológica, ano por ano, contendo discursos, apartes, debates, votações, tramitações de proposições e demais documentos envolvidos na dinâmica do processo legislativo. Reúne o registro oficial de todas as sessões realizadas no decorrer do ano, nos plenários do Senado e Congresso Nacional.(Fonte:Senado Federal - Publicações)

Diários do Congresso Nacional e do Senado Federal (1888-2004): O Diário do Senado Federal e o Diário do Congresso Nacional são órgãos oficiais informativos das atividades do Parlamento. São publicadas nos Diários as atas das sessões plenárias e de comissões, normas promulgadas, atos administrativos e outras informações. Nas atas são publicados os discursos, os textos integrais de projetos, pareceres, matérias legislativas e outros documentos lidos na sessão plenária. (Fonte: Senado Federal - Publicações)

Acervo Histórico Administrativo

O Acervo Histórico Administrativo é composto de documentos referentes política, normatização e amostragens das áreas de Gestão Estratégica da Atividade Administrativa, Assessoria e Consultoria Jurídica, Ouvidoria, Comunicação Institucional, Gestão de Documentos e Informações, Gestão de Tecnologia da Informação, Gestão de Recursos Humanos, Gestão Orçamentária e Financeira, Gestão de Materiais e Bens, Gestão de Serviços Gráficos e Editoriais, Segurança, Proteção e Policiamento e Gestão de Prestação de Serviços Complementares.

Dentre os documentos administrativos de caráter permanente destacam-se os regimentos e atos normativos do Senado Federal.


Eike é réu em nova ação sobre irregularidades na OSX


Juiz ficará à frente deste processo mesmo se for afastado do anterior

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RIO - Eike Batista é réu em nova ação penal na Justiça Federal do Rio acusado dos crimes de manipulação de mercado e uso de informação privilegiada (insider trading). O juiz Flávio Roberto de Souza, titular da 3ª Vara Criminal Federal, aceitou denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) fluminense. Ela ratifica a denúncia apresentada em setembro do ano passado pela procuradora Karen Louise Jeanette Kahn, do MPF de São Paulo, baseada em irregularidades que envolveriam vendas de ações da OSX, braço naval do grupo X e em recuperação judicial.

O empresário já responde a processo pelos mesmos crimes que resultou de denúncia apresentada pela procuradoria do Rio. A novidade é que os dois processos não serão reunidos, sendo conduzidos separadamente.

— O mandado de citação para que a defesa prévia de Eike seja feita já foi expedido. Há um prazo de dez dias para que isso seja feito. Depois, vou designar a primeira audiência do processo de julgamento desse novo caso — disse o juiz Flávio Roberto de Souza.

INQUÉRITO SOBRE LAVAGEM DE DINHEIRO

Com os processos tramitando em separado, o magistrado estará à frente desta segunda ação contra o empresário mesmo que o Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região decida pelo afastamento do juiz da condução da ação já em curso na Justiça Federal.
Os advogados de Eike pediram a substituição de Flávio Roberto de Souza do caso, alegando parcialidade na condução do processo. Semana passada, dois dos três desembargadores do TRF votaram pela substituição do juiz. O desembargador Marcello Granado, contudo, pediu vistas do processo, adiando a votação.

O movimento de Granado pode, no fim das contas, não alterar os votos dos desembargadores Messod Azulay, relator, e Simone Schreiber. Mas garante maior prazo de atuação ao juiz Flávio Roberto de Souza, caso ele venha a ser afastado. A posição de Granado pode resultar ainda em questionamentos por parte da procuradoria sobre as razões que embasam os votos a favor da substituição do juiz.

— Eu não tenho nenhum interesse em condenar nem absolver. Eu quero conduzir um processo justo, legal, oferecendo às partes as mesmas oportunidades de produzirem suas provas. Se o Ministério Público conseguir provar a culpa, eu condeno. Se a defesa conseguir provar a inocência, eu absolvo. A questão é de provas — afirmou Souza.

O movimento de ações contra Eike tende a crescer. Em agosto de 2014, a Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito para investigar o empresário por suspeitas de lavagem de dinheiro. A investigação policial — que fez uma varredura completa nos dados fiscais, bancários e no mercado financeiro de Eike — já aponta suspeitas de outros crimes não listados nas denúncias já apresentadas contra o ex-bilionário, como sonegação fiscal e evasão de divisas.

— Há remessas de R$ 1 bilhão para o exterior. Isso precisa ser explicado. Da mesma forma que as doações aos familiares. O advogado da Luma de Oliveira ainda não justificou o por que dela ter recebido R$ 15 milhões do ex-marido — destacou o juiz.

Procurados, os advogados de Eike não responderam.

Hugo Motta deve ser o indicado; relatoria da comissão pode ficar com um petista



BRASÍLIA — O PMDB deverá oficializar na semana que vem o nome do deputado Hugo Motta (PMDB-PB), de 25 anos, para a presidência da CPI da Petrobras e entregar a relatoria da comissão a um petista, mesmo com resistências entre parte dos peemedebistas. O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), que foi derrotado na disputa pela liderança do partido e recusou a presidência da CPI, afirma que irá trabalhar para que a relatoria não fique com o PT.

— O PT está no olho do furacão, com o tesoureiro do partido acusado de receber dinheiro. O PMDB vai perder a oportunidade de sinalizar à população que efetivamente quer apurar, que está ouvindo a sociedade. Vai terminar passando a ideia que pode participar da pizza — defende Lúcio Vieira Lima.
O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), rebate defendendo ser questão de “bom senso” incluir o PT e aponta que a definição será feita a partir de discussões com os demais partidos na Câmara.

– É uma questão de bom senso. Temos um bloco com 218 deputados, existe um segundo com 160 deputados. Não vai se imaginar que eles vão ficar fora de tudo, não ter participação na Casa. Cada um deve ser responsável pelas opiniões que emite, mas acho uma grande tolice dizer que se o PT ficar com a relatoria vai dar em pizza. Esperamos que o relator seja alguém idôneo, que registre as informações de forma correta – afirma Picciani.

Depois de conversar sobre o tema com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o líder do PT, Sibá Machado, irá se reunir na segunda-feira com Leonardo Picciani. Segundo Sibá, os dois nomes colocados para relatar a CPI até o momento são os dos deputados Vicente Cândido (PT-SP) e Marco Maia (PT-RS), que relatou a CPI mista da Petrobras, finalizada no ano passado. Após ter ficado de fora da distribuição dos principais cargos na Câmara, o PT trabalha para ocupar o posto chave na CPI da Petrobras.

— Deus lhe ouça, que Jesus esteja ouvindo você agora e anotando. Estamos tentando avançar nessa negociação. Inicialmente conversamos com Eduardo Cunha, mas já marquei um papo com Picciani para segunda-feira — disse Sibá.
Apesar das críticas, Sibá afirma que o fato de políticos do PT, alguns deles com mandatos parlamentares, terem sido citados como beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras não deverá atrapalhar as investigações.

— Se é para fazer esse tipo de depuração, acabou, porque quase todos os partidos receberam dinheiros dessas empresas. Já que se criminalizou a participação de empresas, então é melhor acabar com as doações, mas isso não procede, não posso concordar com pré-condenações — disse o líder petista.

Há desconforto entre peemedebistas pelo fato das negociações sobre a CPI, inclusive com o PT, não estarem sendo debatidas internamente. Alguns parlamentares do partido acreditam que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está articulando esse movimento para tentar uma retomada das relações com o PT “por interesses próprios”.

A bancada do PMDB irá se reunir na próxima terça-feira e deputados do partido pressionam para que haja uma definição clara a respeito do posicionamento sobre o governo. Deputados que apoiaram Aécio Neves (PSDB-MG) nas eleições presidenciais, como Danilo Fortes (PMDB-CE), querem que o PMDB preserve a postura de “independência” em relação ao Palácio do Planalto.


Eduardo Cunha irá decidir, na próxima semana, todas as CPIs que serão instaladas e, a partir daí, os partidos terão o conjunto das comissões para negociar os cargos que pretendem ocupar. Cunha tem defendido que o PT, mesmo tendo saído derrotado na eleição para o comando da Câmara, tem direito a participar das comissões na Casa.

Embaixador do Brasil recebe nota oficial de protesto do governo da Indonésia


Itamaraty informou que teor da nota entregue não será divulgado ou comentado

BRASÍLIA - Conforme avisara na sexta-feira - após recusa da presidente Dilma Rousseff em receber as credenciais do embaixador da Indonésia, Toto Ryanto -, o Ministério das Relações Exteriores do país chamou o embaixador do Brasil em Jacarta, Paulo Soares, para uma conversa formal e entrega em mãos da nota oficial em protesto pelo ocorrido. No mesmo dia do episódio, a Indonésia chamou Ryanto de volta até que este seja convidado pelo Itamaraty a voltar.

Segundo o governo brasileiro, o teor da "nota diplomática" não será divulgado ou comentado. Nos bastidores, diplomatas avaliaram que Jacarta optou por não adotar uma resposta drástica, como a de ordenar a saída do embaixador brasileiro da Indonésia, uma possível consequência aventada.

A atitude da presidente Dilma Rousseff foi uma forma de retaliação à recusa do presidente da Indonésia, Joko Widodo, em aceitar o pedido de clemência ao brasileiro Marco Archer, preso por tráfico de drogas e executado no dia 17 de janeiro.
Nesta sexta-feira, o governo brasileiro formalizou o pedido para que o outro brasileiro preso no corredor da morte, Rodrigo Gularte, seja transferido para um hospital psiquiátrico. A internação por razões médicas foi defendida pelo assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, no dia 19 de janeiro, dois dias depois da execução de Archer. Neste sábado, no entanto, o promotor ratificou a execução de Gularte.

Em sua página oficial, o Ministério das Relações Exteriores da Indonésia publicou nota, criticando duramente a postura brasileira.

"O Ministério das Relações Exteriores da Indonésia lamenta profundamente a ação do governo brasileiro de abruptamente adiar a apresentação das credenciais do embaixador da Indonésia designado para o Brasil, Sr. Toto Ryanto, depois de ele ser formalmente convidado a apresentar suas credenciais em cerimônia no Palácio Presidencial do Brasil, em 20 de fevereiro. A maneira como o Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou adiamento, quando o embaixador designado já estava no palácio, é inaceitável para a Indonésia".

A nota já informava que Paulo Soares seria chamado: "O governo da Indonésia também convocou o embaixador brasileiro na Indonésia para (encontro) às 22h do dia 20 para transmitir um protesto veemente contra o ato hostil do governo brasileiro e apresentou uma nota formal de protesto".



domingo, 8 de fevereiro de 2015

FOTO DA FESTA DE 35º ANIVERSÁRIO DO PT:


filhos teus não fogem à luta”, diz a faixa. Alguns, porém, fogem da polícia…

Com Dilma, Lula e o presidente José Mujica, do Uruguai, entre outros, o PT celebrou seus 35 anos de fundação em Belo Horizonte, na sexta-feira (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

A piada fica irresistível. Apossando-se de parte de um verso do Hino Nacional, o PT colocou uma faixa na mesa principal instalada no Minascentro, local de eventos em Belo Horizonte onde se comemoraram os 35 anos do partido, com a inscrição: “Estes filhos teus não fogem à luta”.
Do jeito que está a roubalheira do petrolão, feita para, entre outras coisas, rechear os cofres do partido, conforme vem sendo comprovado pela Operação Lava-Jato da Polícia Federal, pelas investigações do Ministério Público e sob a supervisão do juiz federal Sergio Moro, bem que a faixa poderia ser outra, lembrando que “teus filhos” podem até não fugir da luta. Alguns, porém, fogem da polícia.


O PT desviou MEIO BILHÃO de reais dos cofres da Petrobras ao longo de dez anos. (Em VEJA desta semana

ODINOME MOCH - João Vaccari: homem de confiança do ex-presidente Lula, o tesoureiro era o elo financeiro entre os corruptos e os corruptores que atuavam na Petrobras (Fotomontagem: VEJA)

Post publicado originalmente às 14h14 de 7 de fevereiro de 2015
O dinheiro da roubalheira foi usado, entre outras coisas, para financiar as campanhas eleitorais do partido de 2010 e 2014
Por Daniel Pereira e Robson Bonin
Em outubro passado, os investigadores da Operação Lava-Jato, reunidos no quartel-general dos trabalhos em Curitiba, olhavam fixamente para uma fotografia pregada na parede.

A investigação do maior esquema de corrupção da história do país se aproximava de um momento decisivo. Delator do petrolão, o ex-diretor Paulo Roberto Costa já havia admitido que contratos da Petrobras eram superfaturados para enriquecer servidores corruptos e abastecer o cofre dos principais partidos da base governista. Na foto afixada na parede, Paulo Roberto aparecia de pé, na cabeceira de uma mesa de reunião, com um alvo desenhado a caneta sobre sua cabeça.

Acima dela, uma anotação: “dead” (morto, em inglês). Àquela altura, a atenção dos investigadores estava voltada para os outros personagens da imagem. Era necessário pegá-los para fechar o enredo criminoso.

Em novembro, exatamente um ano depois de a antiga cúpula do PT condenada no mensalão ter sido levada à cadeia, o juiz Sergio Moro decretou a prisão de executivos das maiores empreiteiras brasileiras, muitos dos quais aparecem abraçados a Paulinho, sorridentes, na fotografia estampada no Q.G. da Lava-Jato. A primeira etapa da missão estava quase cumprida.

O alvo entre a roubalheira e o PT
Entre os alvos listados na foto, apenas um ainda escapava aos investigadores. Justamente o elo da roubalheira com o partido do governo, o personagem que, sabe-se agora, comprova com cifras astronômicas como o PT — depois de posar como vestal nos tempos de oposição — assimilou, aprimorou e elevou a níveis inimagináveis o que há de mais repugnante na política ao conquistar o poder.

Na quinta-feira passada, agentes da Polícia Federal chegaram à casa do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, com uma ordem judicial para levá-lo à delegacia a fim de prestar esclarecimentos sobre seu envolvimento no petrolão.
Vaccari recusou-se a abrir o portão. Os agentes pularam o muro para conduzi-lo à sede da PF em São Paulo. Eles também apreenderam documentos, aparelhos de telefone celular e arquivos eletrônicos. Esse material não tinha nada de relevante. Vaccari, concluíram os agentes, já limpara o terreno.

Num depoimento de cerca de três horas, o tesoureiro negou as acusações e jurou inocência. Nada que abalasse o ânimo dos investigadores. No Q.G. da Lava-Jato, um “dead” já podia ser escrito sobre a cara carrancuda do grão-petista.

Um servidor de terceiro escalão — e ele promete devolver 97 milhões de dólares
A nova fase da operação foi um desdobramento de depoimentos prestados pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, em novembro, como parte de um acordo de delação premiada. Barusco conquistou um lugar de destaque no panteão da corrupção ao prometer a devolução de 97 milhões de dólares embolsados como propina, uma quantia espantosa para um servidor de terceiro escalão.

Ao falar às autoridades, ele disse que o PT arrecadou, entre 2003 e 2013, de 150 milhões a 200 milhões de dólares em dinheiro roubado de noventa contratos da Petrobras.

Segundo Barusco, o principal operador do PT no esquema nos últimos anos era Vaccari, chamado por ele de “Mochila”, por andar sempre com uma mochila a tiracolo. Barusco contou que o tesoureiro — identificado como “Moch” nas planilhas que registravam o rateio do butim surrupiado — participou pessoalmente das negociações, por exemplo, para a cobrança de propina de estaleiros contratados pela Petrobras.
Informações de empreiteiro devem agravar a situação de Vaccari
Descendo a detalhes, Barusco narrou ainda uma história que, apesar de envolver um valor bem mais modesto, tem um potencial político igualmente explosivo.

O ex-gerente declarou que, em 2010, o então diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, solicitou ao representante da empresa holandesa SBM no Brasil, Júlio Faerman, 300 000 dólares para a campanha petista daquele ano, “provavelmente atendendo a pedido de João Vaccari Neto, o que foi contabilizado pelo declarante à época como pagamento destinado ao Partido dos Trabalhadores”.

Em 2010, Dilma Rousseff disputou e conquistou o primeiro de seus dois mandatos presidenciais. A situação do tesoureiro do PT deve se agravar nos próximos dias com o avanço das negociações para o acordo do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, para tornar-se um réu colaborador — a chamada delação premiada.
O “clube do bilhão”
Pessoa coordenava “o clube do bilhão”, o grupo das empreiteiras que desfalcava a Petrobras. Vaccari recorria a ele com frequência para resolver os problemas de caixa do PT.

Os dois conversaram várias vezes no ano eleitoral de 2014. Num desses encontros, segundo integrantes da investigação que já ouviram uma prévia das histórias pouco edificantes prometidas por Pessoa, Vaccari negociou com a UTC o recebimento de 30 milhões de reais em doações eleitorais.


Cerca de 10 milhões de reais seriam destinados à campanha à reeleição de Dilma Rousseff. Os 20 milhões restantes, distribuídos por Vaccari ao PT e aos partidos da base aliada.

CARTA DE UM POLICIAL PARA UM BANDIDO. (VALE A PENA LER)




Senhor Bandido!

Esse termo de senhor que estou usando é para evitar que macule sua imagem ao lhe chamar de bandido, marginal, delinquente ou outro atributo que possa ferir sua dignidade, conforme orientações de entidades de defesa dos Direitos Humanos.

Durante vinte e quatro anos anos de atividade policial, tenho acompanhado suas “conquistas” quanto a preservação de seus direitos, pois os cidadãos e especialmente nós policiais estamos atrelados às suas vitórias, ou seja, quanto mais direito você adquire, maior é nossa obrigação de lhe dar segurança e de lhe encaminhar para um julgamento justo, apesar de muitas vezes você não dar esse direito as suas vítimas. Todavia, não cabe a mim contrariar a lei, pois ensinaram-me que o Direito Penal é a ciência que protege o criminoso, assim como o Direito do Trabalho protege o trabalhador, e assim por diante.

Questiono que hoje em dia você tem mais atenção do que muitos cidadãos e policiais. Antigamente você se escondia quando avistava um carro da polícia; hoje, você atira, porque sabe que numa troca de tiros o policial sempre será irresponsável em revidar. Não existe bala perdida, pois a mesma sempre é encontrada na arma de um policial ou pelo menos sua arma é a primeira a ser suspeita.

Sei que você é um pobre coitado. Quando encarcerado, reclama que não possuímos dependência digna para você se ressocializar. Porém, quero que saiba que construímos mais penitenciárias do que escolas ou espaço social, ou seja, gastamos mais dinheiro para você voltar ao seio da sociedade de forma digna do que com a segurança pública para que a sociedade possa viver com dignidade.

Quando você mantém um refém, são tantas suas exigências que deixam qualquer grevista envergonhado. Presença de advogados, imprensa, colete à prova de balas, parentes, até juízes e promotores você consegue que saiam de seus gabinetes para protegê-los. Mas se isso é seu direito, vamos respeitá-lo.

Enfim, espero que seus direitos de marginal não se ampliem, pois nossa obrigação também aumentará. Precisamos nos proteger. Ter nossos direitos, não de lhe matar, mas sim de viver sem medo de ser um policial.

Dois colegas de vocês morreram, assim como dois de nossos policiais sucumbiram devido ao excesso de proteção aos seus direitos. Rogo para que o inquérito policial instaurado, o qual certamente será acompanhado por um membro do Ministério Público e outro da Ordem dos Advogados do Brasil, não seja encerrado com a conclusão de que houve execução, ou melhor, violação aos Direitos Humanos, afinal, vocês morreram em pleno exercício de seus direitos.

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Cunha e Renan se unem para esvaziar poder do PT

Presidentes da Câmara e do Senado, antigos desafetos, se articulam para fortalecer PMDB e pressionar governo

BRASÍLIA — A eleição do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara e o esvaziamento do PT na Mesa Diretora da Casa devem consolidar uma nova correlação de forças do governo com o Congresso. Com o controle das duas Casas, no caso da Câmara, à revelia da vontade do Palácio do Planalto, integrantes da cúpula do PMDB defendem que o partido atue para se desvincular do governo petista e reconstrua sua imagem de forma mais independente.

Para dificultar ainda mais a situação do Palácio do Planalto, os antigos desafetos Cunha e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) ensaiam uma reaproximação para trabalharem mais afinados, sob a perspectiva de que, unidos, formam um ente político mais poderoso. O ponto comum entre eles é o crescente incômodo em relação ao PT.

Os dois já conversaram sobre o assunto e acertaram uma atuação mais próxima e articulada. O objetivo, segundo peemedebistas da cúpula do partido, é a sobrevivência política para os próximos anos. O diagnóstico é que o desgaste do governo Dilma Rousseff e do PT, somado às tentativas de assessores palacianos de diminuir a dependência do PMDB, a partir do fortalecimento de outros blocos de aliados, podem inviabilizar a permanência do partido no núcleo de poder.

O alerta na cúpula do PMDB foi ligado quando se percebeu o fortalecimento dos ministros das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), e da Educação, Cid Gomes (PROS), como polos alternativos à prevalência peemedebista na relação com o governo. Por isso, a parceria entre os presidentes da Câmara e do Senado, neste primeiro momento, tem o objetivo de impedir o surgimento de novas legendas — como o PL, cuja recriação vem sendo organizada por Kassab. Cunha e Renan temem que essa nova agremiação atue como contraponto à hegemonia do PMDB na base governista.
— Minha relação com Renan está boa, estamos conversando direto. O PMDB, quando é atacado, se une. Nosso foco agora é acabar com essa história de partidos fictícios. Estamos sob ataque, e o PMDB vai reagir unido — disse Cunha ao GLOBO.

SENADO: PMDB RESISTE A ACEITAR CARGO DE LÍDER DO GOVERNO
Como forma de marcar a posição de independência também no Senado — a Câmara já tem adotado essa postura há algum tempo —, caciques peemedebistas têm defendido que o partido não mais assuma a função de liderar o governo na Casa. Alguns senadores do PMDB foram sondados para a tarefa, mas nenhum se dispôs a aceitá-la.
— De que adianta uma passagem em camarote de primeira classe no Titanic? É um navio condenado a afundar, o melhor a fazer é desembarcar dele — diz um peemedebista da cúpula.

Líderes do partido afirmam que a próxima etapa será aguardar os resultados da Operação Lava-Jato e, a partir dessa depuração, trabalhar na formação de uma nova cara do partido. Uma das providências defendida por alguns peemedebistas, mas que encontra resistências internas, seria a saída do vice-presidente da República, Michel Temer, da presidência da legenda.

— Ele é cobrado dos dois lados e acaba não agradando ninguém. Quando tem de atender o governo, deixa a bancada insatisfeita; quando atua pelo PMDB, é o governo que não gosta. É incompatível continuar como presidente do partido e vice de Dilma — resume um peemedebista.
Historicamente, Temer sempre foi visto como um representante da bancada do partido na Câmara, mas nunca foi bem aceito pela ala do Senado. Ainda assim, há 14 anos consegue se eleger presidente nacional da legenda.

Enquanto o PMDB planeja sua reformulação, o PT bate cabeça e vive atritos com o principal aliado. Depois de trabalhar fortemente contra a eleição do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara, e ser derrotado na disputa, nesta primeira semana de Congresso, o PT sofreu outro revés. Em uma demonstração de força, Cunha conseguiu isolar os petistas e aprovou em plenário a admissibilidade da reforma política, que vinha sendo mantida há meses pelo PT nas gavetas da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

Logo depois, os petistas enfrentaram mais um contratempo: a criação de uma CPI para investigar as denúncias de corrupção na Petrobras. A ação, conduzida pelos partidos de oposição e com apoio de deputados da base, contou com o patrocínio de Cunha, que afirmou diversas vezes, durante sua campanha à presidência da Câmara, ser favorável à CPI.
Em um gesto de que pretende melhorar a relação com o PMDB na Câmara, o Planalto demitiu Henrique Fontana (PT-RS) da função de líder do governo, que havia se desgastado com Cunha, e nomeou José Guimarães (PT-CE), que assumiu com acenos ao aliado. O governo pode tentar uma composição com Cunha. Na última quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff chamou os presidentes das duas casas e Temer, para “quebrar o gelo”.
Nos seus primeiros dias de volta ao Congresso, Cunha deixou claro que pretende se afirmar em um papel de protagonismo, que não deixa espaço para o PT — ao menos enquanto o Palácio do Planalto se mantiver na posição de vê-lo como adversário preferencial.

Avaliação positiva de Dilma despenca de 42% para 23%, diz Datafolha

Rejeição da presidente teve efeito inverso; saltou de 24% em dezembro para 44% em fevereiro. Para 77% dos entrevistados ela sabia do escândalo na Petrobras.

SÃO PAULO - Com o escândalo da Petrobras à tona e a piora na expectativa em relação à economia, a popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT) despencou e atingiu a pior marca de seu governo; foi de 42% (avaliação boa/ótima) em dezembro passado para 23% em fevereiro, segundo o Datafolha. Em contrapartida, os entrevistados que avaliam o governo como ruim/péssimo subiram de 24% para 44%. O número dos que acham a administração petista regular permaneceu em 33%. Na ocasião dos protestos de junho de 2013, a popularidade de Dilma era de 30%, de acordo com o instituto.

Diz ainda o Datafolha que para 77% dos entrevistados a presidente tinha conhecimento da corrupção na Petrobras. Para 52% deles, ela sabia do escândalo e não agiu. Outros 25% disseram que ela nada pôde fazer, mesmo sabendo dos casos de corrupção.

Segundo o instituto, é a pior avaliação de um presidente desde dezembro de 1999, quando Fernando Henrique Cardoso tinha 46% de rejeição (avaliação ruim/péssima). Para o jornal Folha de S.Paulo, “o país assiste à mais rápida e profunda deterioração política desde o governo Fernando Collor de Mello.”

Após quatro anos de governo, Dilma obteve, de acordo com o Datafolha, a primeira "nota vermelha" de sua gestão; uma média de 4,8.
Para 47% dos entrevistados, a presidente é “desonesta”. Outros 54% falam que ela é “falsa” e 50%, “indecisa”.

A pesquisa Datafolha mostra ainda que 60% dos eleitores disseram que Dilma mentiu na campanha - 46% acreditam que ela mais mentiu que disse verdades e 14%, que ela só mentiu.

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