segunda-feira, 26 de junho de 2017

10 maneiras de detectar um psicopata

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A psicopatia está diretamente relacionada com o Transtorno de Personalidade Antissocial, contudo estas condições não são iguais, uma vez que esta é uma classificação médica e a psicopatia é uma classificação de um padrão comportamental científico. Ou seja, alguém pode ser classificado como sendo portador de Transtorno de Personalidade Antissocial sem atender aos critérios para ser classificado como psicopata.

Na Classificação Internacional de Doenças, este transtorno é denominado por Transtorno de Personalidade Dissocial. Na população em geral, as taxas dos transtornos de personalidade podem variar de 0,5% a 3%, subindo para 45-66% entre presidiários.

O psicopata é difícil de ser identificado prontamente pois geralmente não demonstra todos os sintomas descritos de uma vez só. Pode ser uma pessoa comum que convive diariamente com as demais. Quando cometem algum tipo de ato inaceitável ou violento, frequentemente as pessoas ao seu redor ficam surpresas e têm dificuldade em acreditar nesses relatos.

Entretanto, em contraste com tais características, um ponto muito comum entre todos os psicopatas é o ambiente intra familiar marcado por diversos e extensos conflitos; todo psicopata tem um histórico de ambiente familiar conturbado, permeado por constantes discussões e brigas.

Mas afinal de contas, como é possível identificar um psicopata. O Ultra Curioso listou a seguir as 10 principais características desses indivíduos. Confira:

1. Mesmo que não demonstrem socialmente, a característica principal da psicopatia é um forte traço narcisista enraizado na personalidade. São pessoas intimamente megalomaníacas (se acham superiores às outras pessoas), imprevisíveis, sem escrúpulos, excessivamente egoístas e egocêntricas.

2. São charmosas e manipuladoras e podem dizer isso com o maior orgulho. Essa característica narcisista é mais acentuada do que os próprios portadores do transtorno de personalidade narcisista. Embora estes últimos com frequência demonstrem, de primeira, a todos o seu narcisismo, os psicopatas, a princípio nunca demonstram; entretanto, suas atitudes são típicas de alguém cujo “amor-próprio” é elevado.

3. Podem ser pessoas excessivamente opiniáticas, autossuficientes ou vaidosas. Por isso, a principal característica de quem carrega o distúrbio consigo é ter os seus próprios interesses sempre em primeiro lugar, o tempo todo.

 4. Como são muito individualistas, essas pessoas precisam se sentir estimuladas todo o tempo, e não se importam com as pessoas que estão ao redor. Por isso são exageradas: comem demais, praticam sexo demais, dormem demais, folgam demais, não tem responsabilidade e quando trabalham, é só para conseguir dinheiro e poder. Mesmo assim, enjoam facilmente e tendem a abandonar o emprego por puro tédio e monotonia.


5. São pessoas capazes de se integrar a qualquer grupo, mas não permanecem por muito tempo, devido ao seu egoísmo e por não aceitarem qualquer tipo de regras. Só o que elas querem é o que interessa. É só para elas, o outro só serve como meio para obter ou fazer uso delas.
6. Aparentemente elas apresentam transtornos como impulsividade, teimosia, dificuldades em seguir regras, são geralmente questionadoras e não aceitam qualquer resposta como verdade, o que as torna rebeldes por natureza.

7. Psicopatas normalmente vivem por ocultar suas intenções debaixo de uma aparência sedutora ou de amabilidade e cortesia. Mesmo aparentando um comportamento dócil e intenções de proteger certas pessoas, por trás disso, tal dissimulação esconde uma pessoa fria, calculista e falsa, caracterizando um indivíduo excessivamente manipulador.

8. São cínicos e, apesar de fingir com maestria não conseguem amar no seu intimo, não conseguem manter um relacionamento leal e duradouro por anos, sobretudo por sua incapacidade de tolerar rotina e monotonia. Psicopatas dificilmente se apegam a alguém, detestam relacionamentos que invadam sua privacidade e intimidade, e quando os têm, não duram por muito tempo. Traem facilmente a fidelidade do parceiro, uma vez que não sentem empatia nem culpa.

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9. Uma característica muito comum em indivíduos com o transtorno é a intolerância a frustrações – este talvez o único motivo que os façam chorar de verdade -, o que frequentemente os faz adotarem comportamentos e ações extremas para conseguirem o que querem.

10. Essas pessoas, dependendo do grau da psicopatia, deixam marcas por onde passam, desde marcas sentimentais a marcas financeiras. Elas são literalmente antissociais no sentido de não seguir regras sociais tidas como normais, fingem amar tudo e todos, mas na prática parecem não se importar, são hostis à sociedade, demonstrando uma conduta que lhes trazem conflitos frequentes com o meio em que vivem.

Desarmonia institucional

Políticos (Foto: Arquivo Google)

Por que a corrupção tanto se expandiu no Brasil, nos últimos tempos, se os órgãos de controle do Estado ganharam sólidas estruturas e melhoraram seu desempenho? A questão é instigante e merece reflexão. Certamente, há múltiplas causas para a extensão da criminalidade que age à sombra do Estado.
Por mais que a hipótese possa parecer absurda, uma das fontes do poder oculto é a própria Constituição de 88. Nossa Lei Maior é grande responsável por mazelas, distorções e ilegalidades.
Vamos explicar. Ao abrir o leque de direitos sociais e individuais, a Constituição Cidadã construiu vigas com a argamassa da autonomia, das liberdades e das competências funcionais.
Sistemas e aparelhos se robusteceram para exercer com independência suas tarefas. Estado liberal e Estado social tiveram de convergir na direção do Estado Democrático de Direito. Sob sua égide, o Poder Judiciário assumiu posição de relevo. Hoje, exerce papel preponderante na construção de nossa via de­mocrática.
Como já tivemos oportunidade de mostrar, em razão dos buracos abertos na Constituição – não preenchidos por legislação infraconstitucional – o Poder Judiciário passou a realizar tarefas que caberiam ao Poder Legislativo.
Urge reconhecer: o corpo parlamentar deixou espaços vazios, ao não dar respostas à questões transcendentais. Como não ocupou os imensos vácuos abertos na CF, outro Poder teria de fazê-lo. É o que ocorreu e vem ocorrendo. (A propósito, compete ao Supremo afastar um senador ou autorizar sua prisão?).
Portanto, o teor crítico à judicialização da política deve levar em consideração a ausência de legislação infraconstitucional. Razoável parcela de tensões entre os Poderes pode ser creditada a essa situação.
Disputas e tensões
Mas outras instituições do Estado, voltadas para a defesa do regime democrático, da ordem jurídica e de defesa da sociedade também ganharam impulso. O Ministério Público, alçado à condição de instituição essencial à função jurisdicional do Estado e com acrescida bagagem normativa, incorporou de maneira plena a missão de ser o guardião mor da sociedade. Sua atuação ganhou o respeito dos cidadãos.
Nos últimos tempos, porém, sua atuação passou a ser ques­tionada. Razões: o excesso de exposição pública, o açodamento e pressa em suas ações, certo toque de brilho e vaidade que parece motivar a farta expressão de procuradores na mídia e mesmo uma dose de arrogância.  Ou seja, discrição e comedimento são deixados de lado.
A par de decisões polêmicas como essa do Procurador Geral da República, que aceita um acordo de delação premiada por parte de um personagem que confessa uma infinidade de crimes, mas ganha o perdão por delatar a figura do presidente da República. O fato causa estranheza.  
Já a Polícia Federal ganhou força como órgão encarregado de exercer a segurança pública para pre­servar a ordem e a incolumidade das pessoas e do patrimônio. Passou a agir em parceria com o Judiciário, mas abriu arestas com o MP, com quem parece disputar funções, particularmente no campo da investigação. Sua extensa folha de serviços, alargada por maior profissionalismo, penetra nos cantos obscuros da vida criminosa e nos porões incrustados nas malhas da administração pública. Mas também é criticada por imprimir certa camada de espetacularização nas ações que ganham nomes simbólicos – prisões, condução coercitiva, apreensão de documentos etc. Os papéis foram bem definidos pela CF, que propiciou ao aparelho do Estado a com­petência para organizar estruturas e métodos capazes de garantir a sua segurança e alcançar o equilíbrio social.
Invasão de competências
Outros aparelhos também fazem apurações e controles, como a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o Tribunal de Contas da União (TCU), a Corre­gedoria-Geral da União, além dos instrumentos do Parlamento, como a Comissão Mista de Controle sobre Atividades de Inteligência e Comissões Parlamentares de Inquérito. Em suma, o Estado possui má­quina mais que suficiente para monitorar as retas e curvas das pessoas físicas e jurídicas. Mas há muitas curvas nessas trilhas.
A pletora de órgãos de controle abre imensos espaços, propiciando a interpenetração de funções e competências. Não raro, os membros de cada setor divergem, alguns se queimando no fogo das vaidades. No Estado-Espetáculo, os atores tentam, cada qual a seu modo, chamar a atenção.
E assim, o bem-estar coletivo fica sob a égide do personalismo que caracteriza a atuação dos aparelhos do Estado. Fulanos e sicranos têm seus nomes criticados ou elevados ao Panteão da Pátria. A crise que solapa a base da política afunda os participantes da esfera congressual e dá impulso a membros de outros Poderes.
O juiz Sérgio Moro e o procurador Delton Dellagnol ganham loas da sociedade. Alas e grupos se formam no interior de estruturas disputando posições. Basta ver os nomes – oito – que disputam de maneira aguerrida o cargo de Procurador Geral da República na vaga de Rodrigo Janot.
A desarmonia se expande na esteira das disputas. Os círculos de negócios avançam sobre as estruturas do Estado, formando teias de interesse, cooptando integrantes da burocracia e procurando apoio na esfera política.
A tríade descrita por Roger-Gérard Schwartzenberg mostra-se ativa: esse triângulo liga o poder político,  alta administração e os grupos de negócios. Diz ele: “esses três universos cruzam-se cada vez mais, recortam-se, penetram-se”. Desenvolve-se uma simbiose. E a corrupção acaba se aproveitando desse estado de coisas.
Em paralelo, assiste-se ao declínio dos mecanismos clássicos da política: partidos sem doutrina, parlamento sem força, oposições sem projetos, aderentes/eleitores sem motivação para vida partidária.
A luz no fim do túnel deixa ver o despertar da democracia participativa, alimentada por novos polos de poder: grupos e movimentos organizados, entidades que passam a fazer pressão sobre os Poderes tradicionais. Sob essa radiografia, distinguem-se sinais, mesmo opacos, de esperança.

Comissão aprova criação da Tarifa Social de Água e Esgoto para famílias de baixa renda


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A Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) aprovou nesta quarta-feira (7) o projeto do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) que cria a Tarifa Social de Água e Esgoto (PLS 505/2013). A proposta será analisada agora pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
A relatora do projeto, senadora Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM), ressaltou o caráter social da medida, uma vez que é voltada para famílias com renda per capita de até meio salário mínimo. Ela também destacou o fato de a proposta basear-se na tarifa social de energia elétrica, vigente desde 2007.
- O poder público tem a obrigação de facilitar o acesso da população a bens fundamentais a uma existência digna. E a água potável se destaca porque é crucial se quisermos diminuir os riscos de desenvolvimento de doenças na população - disse.
A senadora também elogiou o projeto por prever descontos maiores para quem consumir menos, buscando incentivar o consumo sustentável. Com esse critério, ela acredita que a proposta contribuirá para o combate ao desperdício de água.

Faixas de consumo

Pelo texto aprovado, a tarifa deverá ser calculada de modo cumulativo. Para a parcela de consumo de até 10 metros cúbicos de água mensais, o desconto será de 40%; para a parcela de consumo acima de 10 a até 15 metros cúbicos, o desconto será de 30%; para a parcela acima de 15 a até 20 metros cúbicos água/mês, o desconto deverá ser de 20%; e para a parcela que consumir mais de 20 metros cúbicos, não haverá desconto.
A tarifa social só poderá ser cobrada de famílias com renda per capita de até meio salário mínimo. Para usufruírem do benefício, essas famílias, por meio de um representante, deverão se inscrever no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
O acesso à tarifa social se fará mediante a apresentação, perante a prestadora do serviço, por qualquer membro da família, da Carteira de Identidade ou do Cadastro da Pessoa Física (CPF), além da respectiva conta de água. O desconto será aplicado somente a uma única unidade consumidora por família.

Inclusão social

Com a finalidade de também se tornarem beneficiários, moradores de baixa renda em áreas de ocupação não regulares, em habitações multifamiliares (regulares e irregulares) ou em empreendimentos habitacionais de interesse social poderão solicitar às prefeituras o cadastramento de suas famílias no CadÚnico, desde que atendam às condições estabelecidas.
Caso a prefeitura não efetue o cadastramento em até 90 dias, os moradores poderão pedir ao Ministério do Desenvolvimento Social as providências necessárias. Caberá também ao Poder Executivo e as prestadoras de serviços informar a todas as famílias inscritas no CadÚnico que atendam às condições estabelecidas o seu direito à tarifa social.
Sob pena de perda do benefício, os beneficiários, quando mudarem de residência, deverão informar seu novo endereço à prestadora. Quando solicitado e desde que tecnicamente possível, as prestadoras também deverão instalar medidores de água para cada uma das famílias que residam em habitações multifamiliares regulares e irregulares de baixa renda.

Habitações Multifamiliares

A Agência Nacional de Águas (ANA) regulamentará a aplicação da tarifa social para moradores de habitações multifamiliares regulares e irregulares de baixa renda, onde não for tecnicamente possível a instalação de medidores para cada uma das famílias.
O projeto também prevê que o valor pago pelo serviço de água e esgoto no âmbito dessa política, os custos administrativos e financeiros e os encargos tributários da prestadora, após a prévia exclusão dos consumidores beneficiados pela tarifa social, deverão ser rateados entre todas as classes de consumidores atendidos, de forma proporcional ao consumo verificado.

Futuro da radiodifusão comunitária será debatido nesta quinta-feira


O futuro da radiodifusão comunitária e as medidas que precisam ser tomadas para garantir a sobrevivência dessas organizações e os serviços prestados é o tema da audiência pública da Comissão Senado do Futuro .
O pedido do debate é do presidente da CSF, senador Hélio José (PMDB-DF). Ele quer discutir o futuro e as tendências da comunicação social nas próximas décadas, notadamente no que se refere aos impactos das novas tecnologias e do mercado de radiodifusão sobre as rádios comunitárias.
O debate também deve contemplar as formas de comunicação incorporadas ao contexto social e cultural das comunidades, em especial as áreas periféricas e vulneráveis, regiões quilombolas, de ribeirinhos e assentamentos rurais. O senador que analisar ainda propostas de alterações legislativas necessárias para garantir o direito à comunicação e a liberdade de expressão.
Foram convidados vários representantes de associações de rádios comunitárias, do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A audiência será interativa, com possibilidade de participação popular, com comentários ou perguntas que podem ser feitos por meio do Portal e-Cidadania e pelo Alô Senado (0800612211). O debate ocorrerá no plenário 13 da Ala Senador Alexandre Costa.

terça-feira, 13 de junho de 2017

Recurso do senador também será examinado pela Primeira Turma do STF



BRASÍLIA – A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar no dia 20 o pedido de prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O colegiado, formado por cinco integrantes da corte, também vai examinar o recurso do parlamentar para retornar ao cargo, do qual foi afastado no dia 18 de maio.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu no mês passado a prisão de Aécio, alternativamente, medidas cautelares. Para os investigadores, as providências eram necessárias para evitar que Aécio atrapalhasse as investigações. O relator da Lava-Jato, ministro Edson Fachin, recusou o pedido de prisão, mas determinou que ele fosse afastado do mandato, o proibiu de entrar em contato com outros investigados e também o impediu de deixar o país.

Inicialmente, Aécio era investigado no mesmo inquérito que apura condutas do presidente Michel Temer. Fachin determinou a divisão das investigações e mandou a parte de Aécio ser sorteada para outro ministro do STF. A tarefa foi repassada, no caso, para Marco Aurélio Mello. Ele decidiu levar à análise da Primeira Turma o recurso da PGR, pedindo novamente a prisão, e do Aécio, pedindo o mandato de volta.
Além de Marco Aurélio, integram o colegiado os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Alexandre de Moraes.

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