quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Novas fotos mostram a beleza da 'cachoeira de lava' em parque americano

Todo ano, em fevereiro, uma cachoeira no Parque Nacional de Yosemite (Califórnia, EUA) dá um espetáculo considerado único no planeta.

Trata-se da "cachoeira de lava", oficialmente batizada de Horsetail Fall, que desce o penhasco de El Capitán.


O fenômeno ocorre quando a água em queda é atingida pelos raios do Sol a um certo ângulo. A cada ano aumenta o número de turistas que vão ao parque para saborear esse incrível efeito criado pela natureza.

                   

                    

                   

                   

Em 1961, após sete meses de governo, Jânio Quadros renuncia à Presidência

Gesto seria tentativa de golpe malfeita em gestão marcada por polêmica, como proibição de brigas de galo e de biquíni. Há 25 anos, ex-presidente e ex-prefeito de SP morreu



No dia 25 de agosto de 1961, Jânio Quadros era um presidente cansado de administrar o Brasil desgovernado por "um Congresso de imorais". Não pensou duas vezes: enviou a esse Congresso uma carta-renúncia, seguiu para São Paulo e depois pegou o rumo de Londres. Jânio Quadros renunciava ao mais alto posto político do país, depois de sete meses no poder.

Ele achava que em três meses o povo exigiria sua volta, mas o ardil político acabou não dando em nada. Jânio Quadros entrou para a História como o presidente que renunciou, sucumbindo a "forças terríveis" que se levantavam contra ele, tornando-se refém da paranoia.

Até hoje, há quem ache que Jânio foi frágil diante das pressões típicas do cargo. Mas também há quem acredite que ele estava mesmo preparando um golpe de Estado. Essa versão foi levantada por Carlos Lacerda, na época governador da Guanabara.

Ao longo de seu curto governo, Jânio tomou algumas decisões que provocaram polêmica, como a proibição de biquíni nas praias brasileiras, corrida de cavalo e briga de galo, esta última em 18 de maio de 1961. As rinhas, que envolviam apostas em dinheiro, eram muito comuns no país.

Outra medida polêmica foi a condecoração de Ernesto "Che" Guevara, então ministro da Indústria e Comércio de Cuba, em 19 de agosto. O gesto desagradou a seus aliados da UDN e aos militares: vários deles chegaram a devolver suas condecorações.

De qualquer forma, o presidente que se imaginou insubstituível foi substituído, após alguns percalços, por seu sucessor constitucional, João Goulart, num regime de parlamentarismo que durou pouco, mas cujo fim abriria uma brecha para o golpe militar. A atrapalhada manobra política afastou Jânio do poder por décadas.

Jânio até tentou eleger-se governador de São Paulo em 1962, mas foi derrotado. Seguiram-se o sombrio 1964 e a cassação de seus direitos políticos pelos militares durante dez anos. Só em 1985 Jânio Quadros voltou a ocupar um cargo político, como prefeito de São Paulo.

 Na ocasião, ele e Fernando Henrique Cardoso, então candidato a prefeito pelo PMDB, se envolveram numa polêmica que entrou para o folclore político.

Na véspera das eleições, as primeiras para prefeitos das capitais desde a ditadura, Fernando Henrique, a convite de jornalistas, sentou na cadeira do então prefeito Mário Covas, a quem pretendia suceder. Resultado: perdeu o pleito por pequena diferença para o adversário Jânio Quadros (PTB-PFL), que não poupou o gesto precipitado: “Gostaria que os senhores testemunhassem que estou desinfetando esta poltrona porque nádegas indevidas a usaram”, declarou na sua posse.

Jânio morreu no dia 16 de fevereiro de 1992, às 22h30m, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O boletim médico apontou insuficiência respiratória aguda, infecção pulmonar, insuficiência renal aguda e acidente vascular cerebral. Por desejo de Jânio, suas córneas foram doadas. A família dispensou coras e pediu que o dinheiro das flores fosse doado a um abrigo de mães solteiras.

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